O governo determinou a evacuação de mais de 586 mil pessoas em quatro províncias centrais antes da chegada da tempestade, prevista para esta segunda-feira, 25 (Reprodução/Redes sociais)
Agência de notícias
Publicado em 24 de agosto de 2025 às 11h17.
O tufão Kajiki avança pelo sul da China e pela costa do Vietnã, provocando evacuações em massa, suspensão de serviços e alertas de desastre. Neste domingo, autoridades da ilha chinesa de Hainan retiraram mais de 20 mil moradores, fecharam comércios, interromperam o transporte público e esvaziaram áreas turísticas de Sanya, cidade litorânea com mais de 1 milhão de habitantes conhecida por seus resorts.
Segundo o Centro Conjunto de Alerta de Tufões da Marinha dos EUA, o fenômeno registrava ventos sustentados de até 167 km/h (equivalente a um furacão de categoria 2 no Atlântico) e poderia tocar o solo em Hainan ou passar próximo à ilha no fim de domingo.
Do outro lado da fronteira, o Vietnã também se prepara para impactos severos. O governo determinou a evacuação de mais de 586 mil pessoas em quatro províncias centrais antes da chegada da tempestade, prevista para esta segunda-feira (25). Outras sete províncias costeiras proibiram embarcações de deixar os portos. As companhias Vietnam Airlines e Vietjet cancelaram voos domésticos e abrigos temporários foram montados em escolas e prédios públicos.
O Ministério da Agricultura e Meio Ambiente do Vietnã classificou a situação como “extremamente perigosa e insegura” para veículos, barcos de pesca, embarcações turísticas e instalações de aquicultura. Chuvas torrenciais são esperadas nas províncias de Ha Tinh e Nghe An entre segunda e terça-feira.
Este é o quinto ciclone tropical a atingir o Vietnã em 2025. Nos primeiros sete meses do ano, mais de 100 pessoas morreram ou desapareceram em desastres naturais no país, que já acumulam prejuízos superiores a US$ 21 milhões. A lembrança mais trágica ainda é a do tufão Yagi, que devastou o norte vietnamita no início do ano, deixou centenas de mortos e causou perdas de US$ 3,3 bilhões.