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Turquia prorroga estado de emergência por 3 meses

Com estes três meses, que contarão a partir do dia 19 de abril, a Turquia completará um ano sob o estado de emergência

Turquia: sob o estado de emergência, o governo tem amplos poderes para tomar decisões administrativas, entre elas a demissão de funcionários públicos e o confisco de bens (Ammar Awad/Reuters)

Turquia: sob o estado de emergência, o governo tem amplos poderes para tomar decisões administrativas, entre elas a demissão de funcionários públicos e o confisco de bens (Ammar Awad/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de abril de 2017 às 18h23.

Istambul - A Turquia decidiu nesta segunda-feira prorrogar por mais três meses o estado de emergência decretado após a fracassada tentativa de golpe de Estado ocorrida no dia 15 de julho do ano passado, conforme informou o porta-voz do governo, Numan Kurtulmus.

"O Conselho Nacional de Segurança recomendou prorrogar o estado de emergência, e o gabinete de ministros decidiu estendê-lo por mais três meses. Será apresentado ao Parlamento e espero que seja aprovado", disse Kurtulmus em comparecimento transmitido ao vivo pela emissora "NTV".

Com estes três meses, que contarão a partir do dia 19 de abril, a Turquia completará um ano sob o estado de emergência.

O gabinete de ministros tomou esta decisão em sessão presidida pelo presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, depois de uma recomendação do Conselho de Segurança Nacional (MGK) realizado logo antes.

"Foi decidida a recomendação da prorrogação do estado de emergência, aplicado a todo o país, como medida de precaução para proteger as liberdades e direitos dos cidadãos, a democracia e a prioridade do Estado de direito", indica uma nota do Conselho, divulgada pela emissora "CNNTürk".

Sob o estado de emergência, o governo tem amplos poderes para tomar decisões administrativas, entre elas a demissão de funcionários públicos e o confisco de bens sem que os afetados possam recorrer a estas medidas na Justiça.

A oposição denunciou que esta situação limitou enormemente a capacidade para suas atividades de campanha perante o referendo sobre a reforma constitucional celebrado no domingo, no qual o "sim" venceu com 51,4%, segundo os resultados preliminares.

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