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Ucrânia paga antecipadamente US$ 150 milhões por gás russo

Consórcio estatal russo Gazprom recebeu nesta quarta-feira US$ 150 milhões da Ucrânia em pagamento antecipado


	Gazprom: companhia confirmou a transferência, mas não o volume de gás que importará a companhia estatal ucraniana Naftogaz
 (Alexander Demianchuk/Files/Reuters)

Gazprom: companhia confirmou a transferência, mas não o volume de gás que importará a companhia estatal ucraniana Naftogaz (Alexander Demianchuk/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 11h46.

Moscou - O consórcio estatal russo Gazprom recebeu nesta quarta-feira US$ 150 milhões da Ucrânia em pagamento antecipado pelo gás que o país vizinho fornecerá em janeiro.

A Gazprom confirmou a transferência, mas não o volume de gás que importará a companhia estatal ucraniana Naftogaz, segundo informa a agência oficial russa 'RIA Novosti'.

Recentemente, Naftogaz informou que pensava importar 1 bilhão de metros cúbicos de gás russo no próximo mês, depois que a Gazprom retomou em 9 de dezembro as provisões após vários meses.

A crise do gás entre ambos países parece superada, pelo menos por enquanto, já que há uma semana Kiev pagou US$ 1,65 bilhão de sua multimilionária dívida com a Gazprom, como tinha sido estipulado entre ambas as partes em outubro com mediação da União Europeia.

Desta forma, Naftogaz pagou em dois lances US$ 3,1 bilhões pelos 11,5 bilhões de metros cúbicos fornecidos pela Gazprom entre novembro e dezembro de 2013 e entre abril e junho de 2014.

Um dia antes, o ministro da Energia russo, Aleksandr Novak, ameaçou voltar a cortar as provisões do gás à Ucrânia se Kiev transferisse antes do final de ano o segundo pagamento de uma dívida total de US$ 5,3 bilhões.

Rússia, Ucrânia e a UE se comprometeram a garantir a provisão de gás russo e seu trânsito pela Ucrânia rumo a território comunitário até março de 2015, depois que Moscou recebeu 'garantias' de que Kiev pagaria uma parte substancial de sua dívida antes do final do ano e disporia de fundos suficientes para as novas compras de gás.

Perante os problemas de provisão do gás russo e o controle separatista da bacia do país, o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, ordenou que seja suspensa a iluminação das ruas do centro das cidades, dos anúncios publicitários e dos edifícios estatais para economizar durante o inverno.

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