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UE analisa eficiência do plano de austeridade da Itália

Além de garantir o pagamento de dívidas do Estado, o plano deve assegurar que as medidas levarão ao crescimento econômico e ao estímulo à geração de emprego

Os técnicos chegarão à Itália no momento em que o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, anunciou sua intenção de renunciar ao cargo (Alberto Pizzoli/AFP)

Os técnicos chegarão à Itália no momento em que o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, anunciou sua intenção de renunciar ao cargo (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2011 às 08h47.

Brasília – Uma missão técnica da Comissão Europeia desembarca hoje (9) na Itália para verificar em detalhes a eficiência do plano de austeridade que será adotado pelo governo. A proposta é atender às exigências da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Além de garantir o pagamento de dívidas do Estado, o plano deve assegurar que as medidas levarão ao crescimento econômico e ao estímulo à geração de emprego.

Os técnicos chegarão à Itália no momento em que o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, anunciou sua intenção de renunciar ao cargo. A decisão foi tomada depois que o Parlamento aprovou as contas públicas do governo, mas ficou comprovado que Berlusconi não conta com o apoio da base aliada – houve mais de 300 votos de abstenção.

O primeiro-ministro disse ontem (8) que pretende renunciar ao cargo depois que o plano de austeridade da Itália for aprovado no Parlamento. Segundo ele, a alternativa para a situação no país é antecipar as eleições. Mas a decisão cabe ao presidente da Itália e não a ele.

“É necessário erguer o país. É necessário dar uma resposta à Europa e aos mercados”, disse Berlusconi. “Depois de mim, só vejo a possibilidade de eleições”, acrescentou. “Não compete a mim decidir, mas só vejo a possibilidade de eleições antecipadas porque, neste momento, o Parlamento está paralisado.”

Ele reconheceu que o governo já não tem maioria absoluta. “Temos de nos preocupar com o que ocorre nos mercados financeiros, que não acreditam que a Itália seja capaz de aprovar as medidas que a União Europeia nos pediu. É esta a primeira coisa com que temos de nos preocupar. Temos de demonstrar aos mercados que a coisa mais importante é o bem do país”, disse. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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