In this pool photograph distributed by the Russian state agency Sputnik, Russia's President Vladimir Putin chairs a videoconference meeting on economic issues at the Novo-Ogaryovo state residence outside Moscow on April 24, 2025. (Photo by Vyacheslav PROKOFYEV / POOL / AFP)
Repórter
Publicado em 27 de agosto de 2025 às 15h37.
A União Europeia está avaliando a possibilidade de implementar sanções secundárias para dificultar que países de fora ajudem a Rússia a burlar as sanções existentes impostas pelo bloco, em meio à guerra do presidente Vladimir Putin contra a Ucrânia. A informação foi dada por fontes envolvidas nas discussões à Bloomberg.
A medida pode afetar o Brasil, que além de membro do Brics, figura entre os principais compradores mundiais de diesel e fertilizantes da Rússia.
O 19º pacote de sanções da UE está sendo preparado e, por enquanto, focará principalmente em ações contra os sequestradores russos de crianças ucranianas, uma questão que teve forte repercussão no presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma reunião com líderes europeus na Casa Branca para tratar da guerra, segundo a Bloomberg.
Os ministros de Relações Exteriores da UE se reunirão em Copenhague no fim da semana para discutir diversas possibilidades, de acordo com fontes ouvidas pela agência.
Entre as opções a serem debatidas está o uso de uma ferramenta anti evasão adotada em 2023, mas ainda não utilizada. Essa medida pode impor restrições à exportação, fornecimento ou transferência de certos bens para países terceiros que ajudem na evasão das sanções da UE.
Além disso, os ministros estão considerando a imposição de novas sanções aos setores de petróleo, gás e financeiro da Rússia, e mais restrições ao comércio de produtos russos. No entanto, essas discussões serão informais e não se concentrarão exclusivamente no novo pacote de sanções.
Historicamente, a UE tem sido cautelosa em adotar sanções secundárias. No entanto, Trump elevou em 50% as tarifas para a Índia para penalizar o país pelas compras de petróleo bruto russo, consideradas uma forma de apoio indireto à guerra de Moscou na Ucrânia.