Mundo

Vaticano pode limitar a entrada na Capela Sistina

A possibilidade de limitação aos turistas foi divulgada hoje (31) pelo diretor dos Museus do Vaticano, Antonio Paolucci


	Detalhe da Capela Sistina: “Poderíamos conter o acesso e introduzir o número limitado”, disse o diretor de Museus do Vaticano
 (Wikimedia Commons)

Detalhe da Capela Sistina: “Poderíamos conter o acesso e introduzir o número limitado”, disse o diretor de Museus do Vaticano (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 12h13.

Brasília – O Vaticano estuda a possibilidade de limitar o número de visitantes à Capela Sistina, que diariamente recebe em média mais de 10 mil pessoas. Há dias em que o número de turistas no local chega a 20 mil, segundo dados do Vaticano. No total, são cerca de 5 milhões de visitantes por ano. A Capela Sistina fica no Palácio Apostólico, onde mora o papa Bento XVI, e reúne obras de vários artistas da Renascença.

A possibilidade de limitação aos turistas foi divulgada hoje (31) pelo diretor dos Museus do Vaticano, Antonio Paolucci, em texto publicado no jornal oficial do vaticano, o L'Obsservatore Romano.

Segundo o Vaticano, o barulho e o excesso de gente impossibilitam que as pessoas possam apreciar as famosas pinturas de Michelangelo no teto. Especialistas dizem que a umidade e o pó também estão colocando em risco algumas das pinturas. Hoje é comemorado o 500º aniversário da data em que Michelangelo terminou suas obras na Capela Sistina.

“Poderíamos conter o acesso e introduzir o número limitado”, disse o diretor de Museus do Vaticano. “É preciso pôr em prática todas as providências tecnológicas mais avançadas capazes de garantir a eliminação da poeira e dos poluentes, a troca de ar e o controle da temperatura e da umidade”, acrescentou.

Paolucci não disse quando a restrição ao número de turistas começa a vigorar, mas informou que será “em breve e em curto prazo.” No texto, o diretor lembra que, em 31 de outubro de 1512, o papa Júlio II inaugurou a Abóbada de Michelangelo, concluída depois de quatro anos.

Ele recorda que o papa não imaginava aquela arte se tornaria um objeto de admiração e até de destruição. Paolucci destaca, no texto, que a arte europeia passou por transformações a partir das pinturas na Capela Sistina.

Acompanhe tudo sobre:ArteArtes visuaisBento XVIPaíses ricosPapasVaticano

Mais de Mundo

'Fome nunca deve ser usada como arma de guerra', afirma chefe da ONU

Três pessoas morrem após descarrilhamento de trem de passageiros na Alemanha

Incêndios na Grécia: bombeiros seguem combatendo fogo, que já retirou 3,6 mil pessoas de suas casas

Trump anuncia 'maior acordo já feito' com a União Europeia, com tarifas de 15%