Agência de notícias
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 21h09.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, denunciou nesta quinta-feira um "assédio militar" por parte de "aviões de combate" dos Estados Unidos que, segundo ele, voaram perto do litoral venezuelano no Mar do Caribe, onde o governo de Donald Trump mantém um destacamento naval sob o argumento de combater o narcotráfico, mas que Caracas considera uma "ameaça".
"Denuncio perante o mundo o assédio militar, a ameaça militar do governo dos Estados Unidos sobre o povo da Venezuela (...) Denuncio perante o mundo esta situação que, repito, não deixa de ser uma provocação, mas também uma ameaça à nossa segurança nacional", afirmou Padrino López durante um balanço de operações das forças armadas do país sul-americano.
No ato, exibido pela rede de televisão estatal "VTV", o ministro disse que o sistema aéreo integrado da Venezuela detectou "aviões de combate" americanos, algo que ele garantiu ter sido "comprovado e verificado", inclusive por uma companhia aérea internacional que reportou a presença das aeronaves à torre de controle de Maiquetía, o aeroporto internacional da região de Caracas.
"Nunca tínhamos visto este destacamento de aviões. Sabemos que estão estacionados em Porto Rico, da classe F-35, mas se atreveram a se aproximar do território venezuelano (...) Estamos de olho, quero que saibam. E quero que saibam que isso não nos intimida", disse.
Em setembro, Padrino López denunciou que os EUA realizam voos de "inteligência" visando o país sul-americano, em um contexto no qual assegurou que Washington quer justificar um "plano de ameaça militar e de intervenção" para "tirar o presidente Nicolás Maduro" do poder.