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Venezuela e Rússia avançam em acordo de parceria estratégica

Projeto ainda precisa de segunda votação para virar lei nacional

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 19 de setembro de 2025 às 08h15.

O Parlamento da Venezuela aprovou nesta quinta-feira, em primeira discussão, um projeto de associação estratégica e de cooperação entre o país sul-americano e a Rússia, que deverá passar por uma segunda votação para se tornar lei nacional.

"Fica aprovado por unanimidade o acordo e o tratado em primeira discussão para se tornar, ao ser aprovado em segunda discussão, lei da República", disse o presidente da Casa, Jorge Rodríguez.

A chamada Lei Aprovatória do Tratado de Associação Estratégica e Cooperação entre Venezuela e Rússia foi apresentada pelo deputado governista Roy Daza, que ressaltou que o projeto é proposto em um contexto que "tem a ver com o novo momento da geopolítica do mundo".

Cooperação estratégica entre Venezuela e Rússia

O texto reúne a proposta de um "aspecto muito importante", segundo o deputado, que é o "caráter irreversível do processo de estabelecimento de uma ordem mundial justa, sustentável, multipolar, baseada no direito, na soberania e na igualdade dos Estados".

Isso significa, de acordo com o parlamentar, "a rejeição às políticas hegemônicas do imperialismo" e a "cooperação nos assuntos internacionais".

Além disso, o tratado prevê, em matéria de cooperação, um "diálogo político de alto nível", assim como o respeito ao direito internacional, à soberania, ao arranjo pacífico de controvérsias, aos direitos humanos e à autodeterminação dos povos.

Daza afirmou que o tratado foi assinado pelos presidentes da Rússia e da Venezuela, Vladimir Putin e Nicolás Maduro.

"É uma mensagem de paz, é uma mensagem de soberania, é uma mensagem da força do povo venezuelano", declarou.

Contexto geopolítico e tensão com os EUA

O projeto de lei foi aprovado em meio à tensão provocada pelo envio de navios e militares dos Estados Unidos ao mar do Caribe, sob o argumento da Casa Branca de combater o narcotráfico proveniente da Venezuela.

Caracas, por sua vez, alega que a medida busca preparar uma "mudança de regime" no país sul-americano — algo que o presidente americano, Donald Trump, negou nesta quinta-feira.

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