São Paulo - A Air France anunciou, nesta quinta-feira, que planeja cortar 5.120 funcionários até o fim do próximo ano. Segundo comunicado divulgado pela companhia francesa, a decisão faz parte do plano de reestruturação da empresa. Das demissões previstas, 1.700 serão de funcionários aposentados e o restante, 3.400, de empregados que estão sobrando na empresa. A Air France disse também que pretende estimular a aposentadoria antecipada, a demissão voluntária e até a mudança de jornadas de trabalho. A companhia, no entanto não garante que demissões forçadas serão evitadas. A ideia da Air France é tentar se reestruturar até 2015 e reduzir o endividamento da empresa - que hoje soma 2 bilhões de euros.
Nesta semana, o Royal Bank of Scotland (RBS) anunciou a demissão de mais 600 pessoas. Desde 2008, o banco já demitiu mais de 36.000 funcionários com o intuito de se recuperar da crise financeira. Segundo o banco britânico, os novos cortes estão atrelados às novas exigências no Reino Unido de que produtos como poupança e veículos de investimento sejam vendidos por funcionários mais qualificados e sob a cobrança de comissão. O governo inglês detém mais de 80% de participação no RBS.
Na semana passada, a Nokia anunciou que planeja cortar até 10.000 vagas de empregos, o que corresponde a quase um quinto de sua força de trabalho. As demissões ocorrerão devido ao fechamento de pelo menos três unidades da empresa: na Finlândia, Alemanha e Canadá. Segundo Stephen Elop, CEO da companhia, a reestruturação tem como objetivo reverter as perdas da Nokia, principalmente pelo fraco desempenho das vendas de smartphones. "Precisamos reformular nosso modelo operacional e garantir que criaremos uma estrutura que possa sustentar as nossas ambições competitivas", disse Elop, que assumiu o posto em 2010, em nota.
Neste mês também, a Unilever anunciou o fechamento de quatro fábricas e consequentemente a demissão de 800 funcionários. A decisão tem a ver com a mudança de produção para a maior fábrica da companhia na Inglaterra. Segundo a Unilever, as fábricas que baixaram as portas são de empresas adquiridas nos últimos 18 meses pela companhia. Do total de funcionários demitidos, 500 funcionários eram trabalhadores da Unilever no Reino Unido e os 300 restantes eram associados e terceirizados da companhia na mesma região.
Após a descoberta de uma das maiores fraudes contábeis do mundo corporativo, no ano passado, a Olympus apresentou, no início do mês, um plano de reestruturação de médio prazo, que prevê a demissão de 2.700 funcionários em todo o mundo até o final de 2014. O montante representa 7% do total da força de trabalho da companhia japonesa. Com a decisão, a Olympus pretende alcançar lucro 403 milhões de euros no ano fiscal de 2014. Além das demissões, a fabricante de material óptico e médico afirmou que eliminará 40% de seus 30 centros de produção no mundo todo até março de 2015.
Depois de vender sua primeira startup para uma multinacional americana, ele criou um marketplace de dados pessoais que promete pagar os usuários pelo uso de suas informações