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A ideia desse trio vai fazer até as decisões mais difíceis parecerem simples

As respostas vêm em tempo real, sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura

Dhiogo Côrrea, Carlos Schmiedel e Carlos Pereira, da Draiven: "Estamos apenas começando, mas sabemos exatamente para onde queremos ir"

Dhiogo Côrrea, Carlos Schmiedel e Carlos Pereira, da Draiven: "Estamos apenas começando, mas sabemos exatamente para onde queremos ir"

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 22 de outubro de 2025 às 13h16.

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A Draiven, uma nova startup de inteligência artificial (IA), levantou R$ 750 mil em uma rodada anjo. Criada por três empreendedores experientes, a startup quer transformar como as empresas tomam decisões.

De São Carlos (SP), a Draiven conecta dados de sistemas como ERPs e planilhas a um modelo de IA que gera respostas em tempo real, sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura.

De maneira simples, o que a Draiven faz é oferecer uma plataforma que conecta os dados já existentes nas empresas e usa IA para transformar essas informações em respostas imediatas.

Por exemplo, imagine que uma empresa queira saber se pode liberar um pagamento para um fornecedor. Em vez de esperar dias pela análise de um time de finanças, o sistema da Draiven pode acessar automaticamente o ERP e planilhas da empresa, processar os dados e fornecer uma resposta quase instantânea.

Em menos de um ano de operação, a Draiven afirma ter centenas de usuários ativos, mais de 25 mil conversas processadas e uma taxa de alucinação inferior a 1%.

Como funciona?

A Draiven desenvolveu uma arquitetura de dados baseada em agentes de contexto dinâmicos, acionados apenas quando necessário. É como se os modelos fossem ativados seletivamente, conforme a tarefa.

Cada agente de contexto é treinado para compreender quando sua atuação é realmente necessária. Isso garante uma eficiência de custos e um melhor aproveitamento da capacidade de processamento.

A plataforma conecta-se diretamente a ERPs, bancos de dados e planilhas para gerar respostas em tempo real.

Em alguns casos, consegue até eliminar a necessidade de investimentos em data lakes, invertendo a lógica tradicional: em vez de levar os dados até o modelo, leva o modelo até a origem das informações.

Quem está por trás?

A Draiven foi criada por Carlos Schmiedel, ex-CEO da Predify, empresa que desenvolveu uma IA para precificação e foi adquirida pela Neogrid em 2024.

Carlos Pereira, ex-sócio e CTO da Raccoon, uma agência de marketing digital comprada pela S4 Capital, e Dhiogo Corrêa, especialista em IA para dados bancários não estruturados, completam o time de fundadores.

Cada um deles traz experiência em empresas de tecnologia que já passaram por processos de venda ou aquisição.

A rodada de investimento foi liderada por investidores como Marco Tulio Kehdi e Leonardo Araújo, ex-Raccoon, Yann Mora, executivo do Google, e Antônio Conserva, ex-Beta Learning.

Com o capital levantado, a Draiven planeja expandir seus negócios para outras regiões, incluindo América Latina, Europa e Oriente Médio.

"Estamos apenas começando, mas sabemos exatamente para onde queremos ir", diz Schmiedel.

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