Negócios

Acionistas da Telecom dizem que acordo de compra foi teatro

Vivendi aceitou a proposta da Telefônica para comprar a operadora GVT


	Acionistas da Telecom Italia: "cenografia teatral já estava preparada"
 (Yasuyoshi Chiba/AFP)

Acionistas da Telecom Italia: "cenografia teatral já estava preparada" (Yasuyoshi Chiba/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 16h06.

Roma - A Associação de Pequenos Acionistas da Telecom Italia (ASATI) afirmou nesta quinta-feira que "a decisão fulminante" da Vivendi de aceitar a proposta da Telefônica para comprar a operadora GVT "permite considerar que a cenografia teatral já estava preparada".

"A velocidade assombrosa com a qual Vivendi aceitou a proposta da Telefônica permite considerar que a cenografia teatral já estava preparada e que havia um final feliz para a Telefônica", afirmou a companhia em comunicado.

Estas declarações foram realizadas pela empresa exatamente antes de acrescentar que a Vivendi "poderia ter nos economizado a incômoda viagem e seu custo" a Giuseppe Recchi, presidente da Telecom, e a Marco Patuano, administrador.

Além disso, na nota remetida à imprensa, a operadora italiana assegurou que a oferta da Telefônica evidência uma estratégia para limitar a atividade de sua filial no Brasil, TIM Participações, "e não de absorvê-la".

"A Telecom Italia ressalta que pôs em evidência de maneira palpável, mais uma vez, o conflito de interesses que invadiu todos os assuntos da companhia (...) e que tinha como único objetivo limitar a atividade da TIM Brasil, e não absorvê-la", sustentou.

O grupo francês Vivendi decidiu hoje pela Telefônica para vender sua filial brasileira GVT frente à oferta apresentada pela Telecom Italia, ao considerar a proposta da espanhola mais atrativa, especialmente por seu maior preço: 7,4 bilhões de euros frente a 7 bilhões da italiana.

Atualmente, são quatro as principais operadoras de telefonia móvel no Brasil: Vivo (Telefônica), TIM (Telecom Italia), OI (Portugal Telecom) e Claro (América Móvil), às quais se une a empresa de banda larga e fixa GVT (Vivendi).

Neste ponto, a associação mostrou sua "profunda convicção de que TIM Brasil não deveria se colocar à venda ou estar disponível para outros sócios, mas reconhecer seu valor em pelo menos 15 milhões de euros e talvez encorajar um acordo com a Oi Brasil".

Estas afirmações são feitas um dia depois de a Telecom Italia dizer que não conhecia qualquer proposta de aquisição de TIM Participações por parte da operadora de telecomunicações brasileira Oi.

Na madrugada de ontem, a Oi, controlada pela Portugal Telecom, contratou o banco BTG Pactual para viabilizar uma proposta de compra da TIM.

Por último, ASATI criticou que com esta operação, a Itália foi tratada "como um país de segunda na Europa".

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasEmpresas francesasGVTServiçosTelecom ItaliaTelecomunicaçõesTelefônicaVivendi

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares