Negócios

Alitalia deve se preparar para liquidação de operações, dizem auditores

O agravamento da situação financeira da Alitalia, nos primeiros meses do ano, levou sua auditoria, a Deloitte & Touche, a recomendar que a companhia aérea prepare-se para encerrar suas operações, caso nenhum plano consistente de recuperação seja implementado. "A piora contínua nos primeiros meses de 2004 e a ausência de medidas adequadas e incisivas forçará […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 19h18.

O agravamento da situação financeira da Alitalia, nos primeiros meses do ano, levou sua auditoria, a Deloitte & Touche, a recomendar que a companhia aérea prepare-se para encerrar suas operações, caso nenhum plano consistente de recuperação seja implementado. "A piora contínua nos primeiros meses de 2004 e a ausência de medidas adequadas e incisivas forçará a diretoria da Alitália a buscar outras soluções, inclusive aquelas referentes à liquidação", afirmou a Deloitte & Touche.

A auditoria já havia se declarado, em 20 de maio, impedida de aprovar as contas da empresa, referentes a 2003. Os técnicos alegaram que não poderiam emitir uma opinião sobre o balanço sem que a companhia aérea detalhasse seu plano de recuperação. Os resultados preliminares mostraram que, em 2003, a Alitalia obteve prejuízo líquido de 520 milhões de euros, contra lucro líquido de 93 milhões em 2002.

No primeiro trimestre deste ano, a situação continuou se deteriorando. As perdas, antes de impostos e taxas, foram de 206 milhões de euros. As reservas em caixa caíram de 515 milhões, em dezembro, para 256 milhões no final de março, conforme o jornal britânico Financial Times.

O governo italiano detém 62% do capital da companhia e nomeou uma nova diretoria em maio para elaborar um plano de ação. O novo executivo-chefe da Alitalia, Giancarlo Cimoli, tem evitado detalhar seus projetos, mas sabe-se que a empresa busca um empréstimo-ponte, afiançado direta ou indiretamente pelo governo italiano, para revitalizar seu caixa. Alguns ministros, porém, afirmam que nenhuma decisão foi tomada.

A crise da Alitalia foi aprofundada com a expansão do mercado de vôos de baixo custo em terrritório doméstico, o que a levou a perder participação de mercado em seu próprio país. A companhia detém cerca de 50% de participação na Itália. Trata-se da mais baixa porcentagem de uma companhia aérea européia em seu país de origem.

Acompanhe tudo sobre:AlitaliaAviaçãocompanhias-aereasCrises em empresasEmpresasEmpresas italianasSetor de transporte

Mais de Negócios

Dois tipos de talento em IA que toda empresa precisa, segundo executivo do Google

Marcas chinesas de beleza investem em aquisições para expandir presença global

Estudantes brasileiros devem olhar além do 'sonho americano' — este grupo apresenta uma alternativa

Toyota cria 'cidade do futuro' no Japão para testar mobilidade e sustentabilidade