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ALL planeja investir R$ 700 mi em 2011

Expectativa de aumento no volume transportado é de 10%

Entrada da ALL no Novo Mercado da Bovespa deve facilitar crescimento da empresa (Divulgação/ALL)

Entrada da ALL no Novo Mercado da Bovespa deve facilitar crescimento da empresa (Divulgação/ALL)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2010 às 15h01.

São Paulo - A América Latina Logística (ALL) planeja investir R$ 700 milhões e registrar um crescimento nos volumes transportados de 10% em 2011, informou hoje o presidente da companhia, Paulo Basílio. A estimativa não considera os novos projetos em estudo pela empresa, como o de transporte de minério de ferro no Mato Grosso do Sul e o do uso da malha ferroviária da companhia para transporte de contêineres.

"Os projetos estão evoluindo e esperamos anunciar ao mercado novidades sobre um dos dois ainda este ano", afirmou o executivo, após participar da cerimônia que marcou o ingresso da ALL no Novo Mercado, segmento da BM&FBovespa que prevê práticas mais rigorosas de governança corporativa.

Por uma questão regulatória, que exigia das empresas do setor a figura de um controlador com mais de 50% das ações com direito a voto, a ALL não podia fazer parte do Novo Mercado. A restrição acabou sendo flexibilizada no ano passado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo Basílio, a entrada no Novo Mercado e o fim das limitações na estrutura de capital facilitam a estratégia de crescimento da companhia. Questionado sobre se a ALL estuda uma nova emissão de debêntures ou de ações para viabilizar os projetos em estudo, o executivo afirmou que, além dessas alternativas, a empresa pode fechar um acordo com o cliente interessado no transporte - como ocorreu com a Rumo, da Cosan - ou encontrar um terceiro investidor que tenha planos de investir no setor de infraestrutura.


No projeto de minério no Mato Grosso do Sul, a ideia é apresentar uma alternativa para o escoamento do produto. As empresas que atualmente atuam na região usam barcaças para escoar a produção de Corumbá pelos Rios Paraguai e Paraná. Além do desafio de adaptar a malha ferroviária para o transporte, o projeto depende ainda de um porto em São Paulo com condições de exportar o minério, segundo o presidente da ALL. Em contêineres, a empresa de logística pretende conquistar parte do transporte que hoje é feito majoritariamente por caminhões.

Novo modelo

A respeito do novo modelo para o setor, que o governo pretende implementar, Basílio afirmou que ainda não possui um entendimento completo sobre a proposta, mas vê como uma oportunidade para a companhia a possibilidade de operar em outras malhas ferroviárias. Ele aponta como uma possível preocupação a questão da eficiência na operação com a previsão de várias companhias atuarem em uma mesma ferrovia, o que não ocorre no modelo atual.

Questionado sobre possíveis aquisições, Basílio repetiu o bordão de que a empresa sempre está atenta às oportunidades de mercado em ativos de logística que estejam vinculados à malha ferroviária da companhia. Entre essas oportunidades está a segunda etapa da ferrovia Norte-Sul, de acordo com o executivo.

Basílio e os demais executivos e funcionários da ALL participaram da cerimônia trajados com o uniforme usado pelos ferroviários que trabalham na companhia. Além da campainha que marca a abertura simbólica do pregão, a ALL fez soar o apito característico dos trens durante a cerimônia, realizada esta manhã na sede da Bolsa.

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