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As estratégias para empresários que querem crescer de verdade

Em vez de investir apenas em máquinas novas, é hora de investir na construção de Equity, seja através de software, dados, design, cultura, propriedade intelectual, estrutura organizacional, seja por outras estratégias

João Kepler: Quando um investidor inteligente analisa um negócio, ele não olha só para o que a empresa tem, mas para o que ela é capaz de sustentar em valor (Getty/Getty Images)

João Kepler: Quando um investidor inteligente analisa um negócio, ele não olha só para o que a empresa tem, mas para o que ela é capaz de sustentar em valor (Getty/Getty Images)

João Kepler
João Kepler

CEO Equity Fund Group e colaborador

Publicado em 22 de julho de 2025 às 14h58.

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Durante muito tempo, os empresários foram ensinados a medir valor com base no que se pode ver, tocar e registrar em balanço. Máquinas, imóveis, estoques, veículos. Esses ativos tangíveis compunham o que chamamos de “riqueza real” de uma empresa.

E, de fato, durante o século passado, era ali que se concentrava o capital visível das maiores corporações do mundo. Mas isso mudou. E mudou rápido.

Hoje, os ativos que mais contribuem para o crescimento, valuation e diferenciação das empresas são invisíveis e, muitas vezes, ignorados pelos próprios donos do negócio.

Estamos falando de ativos intangíveis, e é nesse campo que nasce o verdadeiro Equity moderno como marca, reputação, software, base de dados, algoritmos, cultura, conhecimento, processos, governança, tecnologia, comunidade, propriedade intelectual e muitos outros.

Segundo o relatório de 2025 da WIPO (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), o investimento global em ativos intangíveis ultrapassou US$ 7,6 trilhões em 2024, três vezes mais que o investimento em ativos físicos.

Enquanto fábricas estagnam, o Equity invisível segue crescendo. E o que isso significa na prática? Que o dinheiro inteligente, o capital estratégico, está migrando para onde o valor realmente se multiplica: no Equity intangível.

Equity em expansão

Essa mudança de lógica muda também a forma como empresários deveriam pensar suas estratégias. Em vez de investir apenas em máquinas novas, é hora de investir na construção de Equity, seja através de software, dados, design, cultura, propriedade intelectual, estrutura organizacional, seja por outras estratégias. Isso não é custo. Isso é a capitalização do invisível. É Equity em expansão.

O mercado já entendeu isso e eu venho alertando, explicando e ensinando isso nos últimos 10 anos ao mercado brasileiro.

É por isso que duas empresas com o mesmo faturamento podem ter valuations completamente diferentes. Uma tem apenas ativos físicos. A outra construiu um Equity forte, com intangíveis que escalam, geram recorrência, criam barreiras de entrada e sustentam o crescimento. O valuation acompanha. E o investidor que entende da mesma forma, valoriza.

Quando um investidor inteligente analisa um negócio, ele não olha só para o que a empresa tem, mas para o que ela é capaz de sustentar em valor. O Equity se manifesta no que ela construiu, uma marca bem posicionada, um time alinhado, uma cultura sólida, uma base de clientes fiéis, uma tecnologia proprietária. Tudo isso conta. E tudo isso é também Equity.

Por isso, negócios tradicionais precisam atualizar sua lógica de construção de valor. O tangível ainda importa, ele ancora a operação. Mas é o Equity intangível que diferencia, atrai capital e multiplica valor. O tangível produz. O intangível escala. O tangível opera. O Equity protege. O tangível é o corpo. O intangível é a alma. O Equity é a soma de tudo isso, capitalizado no tempo.

Empresários que quiserem jogar o jogo grande precisam parar para aprender isso, começar a parar de medir valor só com olhos de contador e passar a enxergar com olhos de quem constrói patrimônio.

Porque não é apenas o que sua empresa fatura, mas o que ela vale. E no jogo do Equity, o invisível é o que sustenta o duradouro. Valor real é aquele que não depende de estoque. Depende de posicionamento.

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