Negócios

Avianca ainda vê espaço para redução de oferta no setor aéreo

De acordo com dados da Abear, a taxa de ocupação dos voos domésticos estava em 79,23% em fevereiro

Avianca: "enquanto o mercado não tiver uma ocupação média de 81,82%, até um pouco mais, vai haver espaço para esse ajuste" (Avianca/Reprodução)

Avianca: "enquanto o mercado não tiver uma ocupação média de 81,82%, até um pouco mais, vai haver espaço para esse ajuste" (Avianca/Reprodução)

R

Reuters

Publicado em 4 de abril de 2017 às 16h40.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às 10h27.

São Paulo - O setor de aviação no Brasil ainda tem espaço para reduzir oferta de assentos, já que a taxa de ocupação dos voos ainda não alcançou um nível ideal, afirmou nesta terça-feira o presidente da Avianca Brasil, Frederico Pedreira.

"Não sei se vamos continuar vendo esse ajuste na oferta, mas enquanto o mercado não tiver uma ocupação média de 81, 82 por cento, até um pouco mais, vai haver espaço para esse ajuste", afirmou o executivo à Reuters, após anúncio da empresa sobre novas rotas internacionais.

De acordo com dados da Abear, a taxa de ocupação dos voos domésticos estava em 79,23 por cento em fevereiro. Na Avianca, a taxa média de ocupação em 2016 foi de 84 por cento.

A recessão da economia brasileira enfraqueceu a demanda por voos no país, levando muitas companhias aéreas a reduzir oferta, a fim de atenuar a pressão na rentabilidade de suas operações.

Pedreira avalia que o setor ainda passa por um período difícil, mas talvez tenha atingido o piso. Ele disse não ver ainda sinais de grande melhora neste momento, mas não descarta uma pequena retomada no segundo semestre do ano se a economia brasileira crescer ao redor de 1 por cento.

"Não vai ser uma maravilha...mas acreditamos que pode ser melhor que o ano passado", afirmou.

A Avianca Brasil anunciou nesta terça-feira que passará a realizar voos diretos de São Paulo para Miami e Santiago, dando início à sua expansão internacional a partir do país.

Durante o anúncio, Pedreira disse que até o fim do ano a empresa disponibilizará um terceiro destino internacional, que ainda está em análise. À Reuters, ele apenas adiantou que será no continente americano. "Nosso foco inicial vai ser Américas."

Por ora, a empresa não tem sob o foco voos para destinos regionais no Brasil, embora não descarte uma investida nesta área se houver oportunidades.

A Avianca Brasil, contudo, está ampliando sua operação em Foz do Iguaçu (PR), que deve passar para três voos no começo de maio, bem como passará a operar em Navegantes (SC), após a saída da companhia de Passo Fundo (RS) por questão de infraestrutura.

Fusão

O presidente do conselho de administração da Avianca Brasil, José Efromovich, afirmou que segue em andamento o processo visando a fusão da companhia com a Avianca Holdings, sediada na Colômbia.

Segundo ele, o grupo de trabalho das duas empresas criado em janeiro tem a missão de apresentar projeto para os conselhos de administração das duas companhias no menor prazo possível.

"Uma vez aprovado nos dois conselhos partimos para a fusão efetivamente", disse Efromovich. "Não faz mais sentido as duas empresas não operarem juntas."

Acompanhe tudo sobre:companhias-aereasAvianca

Mais de Negócios

Floripa é um destino global de nômades digitais — e já tem até 'concierge' para gringos

Por que essa empresa brasileira vê potencial para crescer na Flórida?

Quais são as 10 maiores empresas do Rio Grande do Sul? Veja quanto elas faturam

‘Brasil pode ganhar mais relevância global com divisão da Kraft Heinz’, diz presidente