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Braskem faz acordo bilionário para realocar 17 mil moradores em Alagoas

Extração de sal da Braskem na região é apontada como responsável por afundamento do solo em diversos locais de Maceió

Rachaduras em casa de Maceió: desocupação envolverá 17 mil moradores (Leo Caldas/Exame)

Rachaduras em casa de Maceió: desocupação envolverá 17 mil moradores (Leo Caldas/Exame)

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Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 11h01.

Última atualização em 3 de janeiro de 2020 às 13h41.

São Paulo — A Braskem anunciou nesta sexta-feira que acertou com autoridades federais e estaduais de Alagoas acordo para reparação de prejuízos a milhares de vítimas de fenômeno de afundamento e rachaduras de solo que atinge a capital do Estado há meses. A notícia animou os investidores. Por volta das 13h40, as ações subiam 7,76%.

O acordo, envolvendo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Alagoas (MPE Alagoas) e a Defensoria Pública da União (DPU) e de Alagoas (DPE Alagoas), prevê criação de programa de apoio à desocupação de áreas em quatro bairros da capital alagoana que envolverá cerca de 17 mil moradores, segundo estimativas preliminares da Braskem.

A companhia afirmou que a provisão para o programa de compensação financeira e realocação das vítimas é estimado em cerca de 1,7 bilhão de reais e que outro 1 bilhão de reais será necessário para as ações de fechamento de poços de sal gema da empresa em Maceió.

O fenômeno que atinge os bairros de Mutange, Bom Parto, Pinheiro e Bebedouro foi atribuído no ano passado pelo Serviço Geológico do Brasil a atividades de extração de sal da Braskem. A companhia contesta os estudos do órgão.

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