Diarista (Virojt Changyencham/Getty Images)
Redatora
Publicado em 21 de julho de 2025 às 13h14.
Em julho de 2023, Anna-Marie Ortiz decidiu investir seus últimos US$ 2.000 na criação de uma empresa de limpeza em Portland, Oregon.
Um ano depois, o negócio batizado de Cool Aunt Cleaners já registra faturamento médio de US$ 10 mil mensais. As informações foram retiradas da CNBC Make It.
Anna-Marie Ortiz, 30 anos, passou boa parte da juventude vivendo de salário em salário. Nascida em Wichita, Kansas, foi criada em uma família de baixa renda e conheceu de perto a realidade de quem precisa esticar cada dólar para pagar contas básicas.
Trabalhou desde cedo com o padrasto, que comandava um negócio familiar de pisos, e acabou acumulando desde jovem vivência com tarefas operacionais e administrativas.
Sem concluir a faculdade, Ortiz experimentou diversos empregos informais e chegou a integrar projetos de startups, nos quais aprendeu vendas, marketing e gestão de operações.
A decisão de empreender veio após o fracasso de uma loja de plantas aberta pouco antes da pandemia, em 2020.
A virada aconteceu quando Ortiz se mudou para Portland, em 2022, em busca de um novo começo.
Em julho de 2023, fundou oficialmente a Cool Aunt Cleaners, investindo os US$ 2.000 que lhe restavam em materiais de limpeza, identidade visual e o registro da empresa.
A escolha pelo setor foi estratégica: baixo custo de entrada, alta demanda local e possibilidade de diferenciação com tecnologia e marketing digital.
Ao contrário de muitos concorrentes locais, Ortiz aplicou seus conhecimentos em publicidade e operação digital para atingir um público específico: jovens profissionais que vivem em apartamentos menores e contratam serviços com frequência.
Nos primeiros meses, o negócio teve um crescimento pequeno: menos de US$ 3 mil em faturamento. Mas a consistência levou a empresa a alcançar uma média mensal de US$ 10 mil.
Para garantir a sustentabilidade, Ortiz precisou ajustar o modelo de operação: inicialmente contratou quatro funcionários, mas enfrentou desequilíbrio entre preços fixos cobrados de clientes e custos variáveis pagos por hora à equipe.
Atualmente, trabalha com uma funcionária e juntas realizam até 10 limpezas por semana. Ortiz também participa ativamente da operação, indo a dois ou três atendimentos semanalmente.
Apesar do negócio ainda ser pequeno, ele é lucrativo e financeiramente organizado. Ortiz recebe hoje cerca de US$ 29 mil por ano como pró-labore, abaixo do que ganhava em sua antiga função em uma startup fintech. Ainda assim, ela afirma preferir a liberdade de comandar seu próprio negócio à rotina tradicional de escritório.
Mesmo sem formação universitária, Ortiz aplica conceitos essenciais de finanças corporativas no dia a dia:
Sua estratégia de expansão é baseada em dados e ajustes constantes, desde uma reestruturação de equipe até desenvolvimento de um novo plano de marketing digital.
Ela evita gastos supérfluos, opera com baixa despesa fixa e organiza sua contabilidade de forma a separar as finanças pessoais e empresariais.
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