Bill Demchak: executivo está no comando do PNC desde 2013 (SAUL LOEB/AFP/Getty Images)
Redatora
Publicado em 11 de setembro de 2025 às 10h31.
O CEO do PNC Financial Services, Bill Demchak, está em uma missão ambiciosa: dobrar o tamanho do banco até atingir a marca de US$ 1 trilhão em ativos. Se a meta for atingida, a instituição chegaria no mesmo patamar dos gigantes americanos JPMorgan e Bank of America, como mostra reportagem do Wall Street Journal.
Na segunda-feira, o PNC anunciou a compra de um banco regional no Colorado por mais de US$ 4 bilhões. Com a aquisição, seus ativos sobem para quase US$ 600 bilhões, nível próximo ao de concorrentes como U.S. Bancorp e Capital One.
Demchak, de 63 anos, está no comando desde 2013 e já fez do PNC o oitavo maior banco dos Estados Unidos.
Defensor de que instituições médias precisam ganhar escala para sobreviver, ele cita pressões crescentes de investidores, custos regulatórios e tecnológicos, além da competição com private markets e criptomoedas. “Este é um jogo de longo prazo. Você vê boas oportunidades e vai atrás delas”, afirmou ao WSJ.
O ambiente regulatório também pode favorecer seus planos. Enquanto o governo Biden havia endurecido a análise de fusões no setor bancário, a administração Trump é vista como mais propensa a adotar uma postura amigável em relação à grandes operações.
Além de aquisições, o PNC aposta no crescimento orgânico da operação. Em 2024, o banco anunciou que pretende expandir sua rede física de mais de 2.000 agências, com a meta de abrir 60 por ano, na contramão de concorrentes que têm reduzido presença física. O objetivo é captar depósitos de baixo custo em um momento em que os clientes vêm migrando para os grandes bancos.
O PNC também tenta diversificar suas frentes de negócio. Uma parceria com a Coinbase permite que clientes negociem criptomoedas, enquanto um acordo com a TCW Group abriu espaço para operações em crédito privado voltadas a empresas de médio porte.
Apesar da expansão, as ações do banco subiram apenas 13% no último ano, desempenho inferior ao ganho de quase 30% do índice KBW Nasdaq Bank.
Para enfrentar esse desafio, Demchak trouxe este ano o ex-BlackRock Mark Wiedman como presidente do PNC e provável sucessor. Wiedman tem conduzido discussões com grandes fundos de private equity e busca modernizar a operação.
Apelidado de “Jamie Jr.” pela proximidade com Jamie Dimon, do JPMorgan, Demchak afirma não ter pressa, mas quer estar bem posicionado caso uma nova onda de consolidação transforme novamente o mapa bancário dos EUA.