Negócios

Crise no mercado de luxo? Chanel corta 70 vagas de emprego nos EUA

A empresa afirmou que a decisão irá ajudar a grife a se adaptar aos “desafios econômicos atuais”

Publicado em 23 de janeiro de 2025 às 07h30.

A empresa de moda Chanel, uma das maiores marcas de luxo do mundo, anunciou o corte de 70 postos de trabalho nos Estados Unidos. Em comunicado divulgado na última quarta-feira, 22, a companhia disse que a decisão irá ajudar a marca a se adaptar melhor aos desafios econômicos atuais

De acordo com a Bloomberg, as 70 vagas equivalem a 2,5% da força de trabalho da empresa nos Estados Unidos. Globalmente, a Chanel empregava aproximadamente 36.500 funcionários em 2023, segundo os últimos dados divulgados pela empresa em maio do ano passado.

Em nota, a grife afirmou que espera “oscilações em qualquer mercado” e que os Estados Unidos continuam sendo uma parte importante da sua estratégia de longo prazo para o negócio.

Ao todo, o continente americano foi responsável por cerca de 20% das vendas totais da Chanel em 2023, enquanto a Europa foi a origem de 28% dos negócios. O principal mercado da marca hoje, com uma concentração de 52% das vendas, é a região da Ásia e do Pacífico.

Os cortes na Chanel acontecem em meio a um movimento de queda maior na demanda global por bens de luxo. Em novembro do ano passado, a consultoria Bain estimou que a indústria de bens de luxo pessoais teria um desempenho estável em 2024 e poderia crescer até 4% neste ano. 

De acordo com a Bloomberg, na semana passada, após a divulgação de resultados do conglomerado de luxo Richemont, criou-se uma expectativa de que o pior da queda na demanda por bens de luxo tivesse passado. A companhia, impulsionada pela alta nas vendas da marca de joias Cartier, divulgou uma receita maior que a esperada no último trimestre. 

No próximo dia 28, será a vez do grupo LVMH, dono de marcas como Dior e Louis Vuitton, divulgar seus resultados, o que pode dar pistas de como está a situação real do mercado de luxo.

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