16º Michael Bloomberg (Andrew Burton/Getty Images)
Redatora
Publicado em 7 de julho de 2025 às 17h00.
Em 1981, Michael Bloomberg, um dos empreendedores mais bem-sucedidos de Nova York, foi dispensado da Salomon Brothers, banco de investimento de Wall Street, que havia sido comprada há pouco tempo com pela Phibro, empresa de negociação de commodities.
Aos 39 anos e com três filhos para criar, o ex-chefe de TI do banco usou a indenização de US$ 10 milhões para empreender. E ele escolheu um setor onde poucos enxergavam oportunidade: o de dados financeiros em tempo real e hoje suas empresas faturam mais de U$ 10 bilhões ao ano. Informações retiradas do Investopedia.
Foi assim que nasceu a Innovative Market Systems, hoje conhecida como Bloomberg L.P., uma empresa que mudou a forma como o mercado consome e interpreta informação.
Na época, profissionais do setor financeiro ainda tomavam decisões com base em boletins impressos, ligações telefônicas e relatórios enviados manualmente pelas bolsas de valores — métodos que, além de lentos, deixavam os analistas desatualizados por horas.
Bloomberg percebeu que havia espaço para algo muito mais ágil, preciso e eficiente.
Com uma proposta simples, ele ofereceu ao Merrill Lynch, um banco norte-americano de investimentos, computadores conectados a uma base de dados em tempo real, que permitiam aos analistas acessar instantaneamente informações financeiras atualizadas.
Mais do que uma venda, era a prova de que havia demanda por informação confiável, integrada e rápida.
Na época, profissionais do setor financeiro ainda tomavam decisões com base em boletins impressos, ligações telefônicas e relatórios enviados manualmente pelas bolsas de valores — métodos que, além de lentos, deixavam os analistas desatualizados por horas.
A expansão da Bloomberg não foi baseada em apostas arriscadas nem em rodadas milionárias de investimento. O crescimento aconteceu de forma planejada, com os pés no chão e o olhar no caixa.
Para crescer, ele recusou abrir capital, evitou dívidas e reinvestiu tudo o que ganhava em desenvolvimento de produto e atendimento ao cliente. Isso é importante porque permite que à empresa cresça com estabilidade, evitando pressões externas e decisões apressadas.
Em vez de depender de capital externo, a empresa se sustentou com o dinheiro que ela mesma gerava. Essa estratégia, conhecida como crescimento baseado em fluxo de caixa, garante solidez financeira e liberdade para inovar no próprio ritmo.
Cada terminal Bloomberg vendido não representava apenas mais uma linha no faturamento, mas sim o início de um relacionamento de longo prazo com o cliente. A empresa investiu em atualizações constantes, suporte técnico de excelência e um ecossistema que se adaptava às mudanças do mercado, sem precisar reinventar tudo do zero.
Hoje, são mais de 325 mil terminais ativos no mundo, com presença em mídia, educação e soluções voltadas para ESG. Mas o que sustentou esse crescimento foi a consistência: decisões financeiras conscientes, controle de custos e foco no cliente.
Por trás desse resultado, estava a capacidade de Bloomberg de entender números, analisar cenários e tomar decisões estratégicas com base financeira. Esse tipo de visão não se aplica só a grandes empresas, ela também transforma carreiras.
Profissionais que dominam os fundamentos das finanças corporativas conseguem liderar com mais segurança, justificar projetos com dados e construir trajetórias sólidas, mesmo em mercados instáveis.
Dominar os fundamentos da saúde financeira deixou de ser tarefa exclusiva de contadores ou CFOs. Empreendedores de qualquer porte e setor precisam ter controle total sobre os números do negócio — e isso exige desenvolver hábitos como os apresentados.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.