Negócios

Eles resolveram a parte mais chata de alugar imóvel e já miram R$ 1 milhão

A Lugui está inserida num setor competitivo e com aproximadamente 70 mil clientes pelo Brasil

Thomaz Guz e João Campista, sócios da Lugui: startup levantou R$ 1,5 milhão com investidores do Nubank e Mercado Livre

Thomaz Guz e João Campista, sócios da Lugui: startup levantou R$ 1,5 milhão com investidores do Nubank e Mercado Livre

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 9 de outubro de 2025 às 06h12.

No final do primeiro ano de operação, a Lugui já garantiu um metro quadrado no mercado imobiliário. A plataforma viu o volume de consultas mensais crescer 15 vezes, passando de 40 para mais de 1.000 em apenas três meses.

A startup automatiza a parte final do processo de aluguel. Bem naquele momento que o futuro inquilino está ansioso: a visita ao imóvel já foi feita, e a imobiliária precisa revisar documentos e fazer a assinatura dos contratos.

A ideia é eliminar a burocracia que ainda toma tempo e recursos das imobiliárias nesse período.

A previsão é alcançar R$ 1 milhão em receita anualizada até o fim de 2025.

"Vamos transformar isso com um novo modelo operacional e agentes de inteligência artificial", diz Thomaz Guz, CEO da Lugui.

Antes de fundar a startup, Guz foi sócio do Uotel (depois Nomah, fechado em 2023), um negócio que gerenciava imóveis para investidores e foi comprado pela Loft em 2020.

São mais de 70 mil imobiliárias no Brasil, que ainda resistem a digitalização. A estimativa do CEO e do sócio, João Campista, é de que 70% do tempo dos funcionários acaba sendo gasto em tarefas repetitivas.

Outras startups como CredAluga, CUB e Quill também estão buscando modernizar os processos. Elas costumam oferecer ferramentas para agilizar tarefas como análise de crédito, cobrança de aluguéis e emissão de contratos.

Como a Lugui resolve isso?

A Lugui usa inteligência artificial para automatizar tarefas manuais no processo de locação, como análise de crédito e documentos.

Com a plataforma, a imobiliária pode enviar um arquivo ou até uma foto de uma planilha com CPFs, e o sistema retorna com a análise de crédito completa.

Não há necessidade de ação adicional, a plataforma verifica dados e emite relatórios automaticamente.

Além disso, a Lugui automatiza o envio e assinatura de contratos via WhatsApp, eliminando o "vai e volta" entre imobiliária e inquilino.

"Ao invés de pedir documentos várias vezes e gerar relatórios manualmente, nosso sistema faz tudo em minutos", explica Guz.

O objetivo eventualmente é criar uma plataforma que faça todo o trabalho operacional.

O que vem por aí?

Na primeira rodada de investimentos, a Lugui levantou R$ 1,5 milhão e atraiu executivos de empresas como Microsoft, Nubank e Mercado Livre. Também contou com investidores como Ernani Assis (Remax) e Admar Cruz (ex Casa Mineira e Quinto Andar).

Esses recursos estão acelerando o crescimento da plataforma, que hoje conta com três desenvolvedores, incluindo um ex-Amazon.

Além disso, a Lugui também atraiu a atenção de imobiliárias como Auxiliadora Predial, Cardinali e Guaíra, totalizando mais de 20.000 unidades, que, juntas, transacionam mais de R$ 500 milhões em aluguéis.

A meta agora é ultrapassar 300 usuários até o fim de 2025 e expandir a presença para mais de 100 imobiliárias.

Acompanhe tudo sobre:Mercado imobiliáriomercado-imobiliarioStartupsaluguel-de-imoveis

Mais de Negócios

Oktoberfest, a maior celebração à cultura germânica das Américas, movimenta R$ 450 milhões em SC

EXAME é finalista nos +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças; veja como votar

Aos 38 anos, ele iniciou um negócio de especiarias em casa — hoje fatura US$ 8 milhões por ano

Essa CEO de 35 anos era farmacêutica e criou uma marca que fatura US$ 500 mil por ano