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Apresentado por SEBRAE

EXAME e Sebrae estreiam videocast sobre desafios do empreendedorismo feminino

Conversa reuniu Margarete Coelho e Débora Carvalho para discutir barreiras e avanços no empreendedorismo feminino

Empreendedorismo feminino: Margarete Coelho e Débora Carvalho debatem inclusão e crédito no videocast (Sebrae/Divulgação)

Empreendedorismo feminino: Margarete Coelho e Débora Carvalho debatem inclusão e crédito no videocast (Sebrae/Divulgação)

EXAME Solutions
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Publicado em 23 de setembro de 2025 às 16h50.

Última atualização em 23 de setembro de 2025 às 17h33.

O primeiro episódio do videocast Construindo Futuros, projeto da EXAME em parceria com o Sebrae, estreou com um panorama sobre os desafios enfrentados por mulheres empreendedoras no Brasil. A conversa foi mediada por Lia Rizzo, editora de ESG da EXAME, e contou com Margarete Coelho, diretora do Sebrae Nacional, e a influenciadora e advogada Débora Carvalho.

Coelho, ex-deputada federal e primeira mulher a assumir o governo do Piauí, relatou sua trajetória desde a advocacia eleitoral até a liderança institucional no Sebrae. Segundo ela, o empreendedorismo feminino ainda é subvalorizado e exige medidas específicas para garantir inclusão em políticas públicas.

Carvalho contou como transformou sua rotina como estudante e mãe em conteúdo nas redes sociais e, depois, em negócio. Hoje, lidera uma holding com múltiplas marcas de moda e beleza. “Usei o celular como ferramenta de crescimento e percebi que influenciar também podia ser uma forma de empreender”, disse.

Obstáculos para mulheres empreendedoras

Ao assumir a diretoria do Sebrae, Coelho percebeu que o empreendedorismo feminino aparecia de forma diluída nas ações da instituição. Desde então, a entidade passou a criar recortes específicos para atender mulheres, negros e pessoas LGBTQIA+, com políticas mais direcionadas.

As principais dificuldades, segundo as convidadas, estão na formalização dos negócios, no acesso ao crédito e na gestão do tempo. Uma pesquisa do Sebrae mostrou que mulheres destinam, em média, 35 horas semanais às empresas, enquanto homens somam 41 horas.

Outro desafio é a falta de formação gerencial e a alta informalidade. Muitas empresas lideradas por mulheres nascem da necessidade, não do planejamento. Essa lacuna compromete o acesso a crédito e programas de apoio. “Esse financiamento não pode se transformar num tormento na vida dela. Ao invés de realizar um grande negócio, ela pode acabar contraindo uma grande dívida”, alertou Coelho.

Iniciativas para ampliar o acesso

Entre as ações de destaque está a Caravana Sebrae Delas, que percorre o país para ampliar o acesso ao crédito e fortalecer o empreendedorismo feminino.

Carvalho, que vive em Picos (PI), cidade com cerca de 80 mil habitantes, ressaltou que muitas mulheres ainda não sabem usar a internet como ferramenta de crescimento. “Poucas das mulheres sabem o caminho a percorrer, porque elas, infelizmente, não receberam, não procuram. Elas usam a rede social para ver fuxico, para ver isso, aquilo, mas não a usam para ver o crescimento de si próprio”, afirmou.

Formação de redes e solidariedade

As convidadas destacaram que os eventos presenciais do projeto têm incentivado a formação de redes entre mulheres. A troca de contatos e experiências tem sido essencial para democratizar o conhecimento e ampliar o alcance das ações.

Ao final, Coelho reforçou a importância da qualificação, do apoio mútuo e da construção de redes de solidariedade. “Forme redes. Se relacione, procure outras mulheres, compre de mulheres, venda para mulheres. Vamos perceber essa grande rede que está em nosso entorno e vamos nos beneficiar com ela”, concluiu.

Assista ao episódio completo.

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