Pedro Oliveira, da Outfield e investidor da FanBase: "Aqui, os clubes ganham, em média, apenas R$ 3 por fã por ano. Nos Estados Unidos, esse valor chega a US$ 250. A FanBase tem o potencial de mudar isso" (Divulgação/Divulgação)
Editor de Negócios e Carreira
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 11h19.
A FanBase, plataforma que une clubes esportivos e seus torcedores com tecnologia de ponta, acaba de levantar R$ 5 milhões.
O investimento foi liderado pelos fundos Domo.VC e OutField, com a participação da Harvard Angels. O dinheiro será usado para expandir a presença da empresa no Brasil e acelerar a sua entrada em mercados internacionais, como a Colômbia, onde já tem o Atlético Nacional de Medellín como cliente.
A FanBase foi criada para resolver um problema grande do esporte: como os clubes se conectam com seus fãs. “Os torcedores compram ingressos, produtos e fazem parte de programas de sócio-torcedor, mas tudo é separado. O clube não sabe direito o que o fã faz em cada ponto de contato", explica Rafael Mangabeira, CEO da empresa.
A solução da FanBase é bem simples: integrar tudo. Ela oferece três produtos principais:
Mangabeira fundou a FanBase em 2021 com a ideia de resolver um problema claro. Ele, que já tinha mais de 20 anos de experiência no esporte, percebeu que clubes e federações não conseguiam ter uma visão unificada dos seus torcedores.
Os sistemas de compra de ingressos, produtos e planos de sócio-torcedor eram todos separados, dificultando a criação de campanhas mais inteligentes e a monetização da base de fãs.
“A dor era óbvia: o torcedor usava várias plataformas e ninguém conseguia ver a jornada completa. Isso impede os clubes de terem uma visão clara de seus fãs”, conta Mangabeira.
Com isso, a FanBase surgiu para criar uma solução única, integrando todas essas informações em um só lugar e ajudando os clubes a aumentar a rentabilidade da relação com seus torcedores.
Hoje, a empresa já tem 20 clientes no Brasil, incluindo clubes como Vasco, Atlético Mineiro, Coritiba e Bahia, e entidades como a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e o NBB.
Além disso, a FanBase também já deu os primeiros passos no mercado internacional, com clientes na Colômbia, e está mirando novos mercados, como o Peru e o Equador.
A relação da FanBase com a OutField não é nova. Rafael Mangabeira e Pedro Oliveira, sócio da OutField, se conhecem há mais de 10 anos.
Eles começaram a parceria quando Mangabeira ainda era executivo no Corinthians e Oliveira dava os primeiros passos na OutField, que começou como uma consultoria esportiva e hoje é um fundo de investimentos focado no setor.
Pedro Oliveira vê a FanBase como uma solução estratégica para resolver um problema da indústria esportiva: a baixa monetização dos torcedores brasileiros.
"Aqui, os clubes ganham, em média, apenas R$ 3 por fã por ano. Nos Estados Unidos, esse valor chega a US$ 250. A FanBase tem o potencial de mudar isso", diz Oliveira.
Com o aporte de R$ 5 milhões, a FanBase vai expandir ainda mais seu portfólio de produtos e melhorar a infraestrutura tecnológica.
O plano é não só reforçar sua presença no Brasil, mas também continuar a expansão internacional, com foco na América Latina.
A FanBase está com a bola cheia para os próximos anos. A empresa tem planos de crescer rapidamente, tanto no Brasil quanto fora do país.
A ideia é conquistar mais clubes, federações e ligas, oferecendo soluções que tornem a experiência do fã mais personalizada e lucrativa para os clubes.
“Queremos ser a plataforma de referência para clubes em todo o mundo. Nosso foco é integrar dados, melhorar a jornada do fã e transformar o esporte digitalmente”, afirma Mangabeira.
A meta de aumentar o LTV (Lifetime Value) do torcedor está no centro da estratégia da FanBase.
Com seus produtos, os clubes podem vender mais para o mesmo torcedor, criando uma relação mais sólida e rentável.
O exemplo do Coritiba, que agora oferece uma experiência mais fluida para o torcedor, como comprar ingressos e até uma bebida para o jogo, é uma prova do impacto da tecnologia da FanBase.