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Gafisa negocia venda de Alphaville com Sam Zell

Atualmente, a incorporadora é dona de 80% da empresa de loteamentos, que está avaliada em R$ 1,8 bilhão


	Gafisa: a venda serviria para reduzir a dívida do grupo, que totalizava R$ 2,94 bilhões até o terceiro trimestre do ano passado
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Gafisa: a venda serviria para reduzir a dívida do grupo, que totalizava R$ 2,94 bilhões até o terceiro trimestre do ano passado (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 11h14.

São Paulo - A construtora Gafisa está negociando a venda da loteadora Alphaville Urbanismo, e três potenciais compradores estão na disputa, segundo fontes próximas à negociação informaram ao jornal O Estado de S.Paulo.

O grupo de interessados é composto pela gestora de recursos GP Investimentos em parceria com a Equity International, do investidor americano Sam Zell; pela gestora Hemisfério Sul Investimentos (HSI, ex-Prospéritas), controladora da loteadora concorrente Cipasa; e um terceiro interessado do setor financeiro, não revelado pelas fontes.

As propostas para compra serão apresentadas no dia 22.

A negociação para venda da Alphaville é a segunda etapa de uma movimentação que começou em setembro do ano passado, quando a Gafisa informou que havia iniciado a “análise de opções estratégicas” para a loteadora, o que incluía a possibilidade de venda ou abertura de capital (IPO, na sigla em inglês).

A intenção da Gafisa é gerar valor para os acionistas no longo prazo. Atualmente, a incorporadora é dona de 80% da empresa de loteamentos, que está avaliada em R$ 1,8 bilhão.

A fatia de 20% pertence a Alphapar e está em processo de venda, sob arbitragem, para a Gafisa.


A venda da Alphaville, porém, ainda não está decidida. Parte do conselho de administração da Gafisa é a favor do negócio, sob o argumento de que a loteadora não tem sinergia com os demais segmentos (construção e incorporação de imóveis residenciais).

Além disso, a venda serviria para reduzir a dívida do grupo, que totalizava R$ 2,94 bilhões até o terceiro trimestre do ano passado, com alavancagem (relação entre dívida e patrimônio líquido) de 106%, um dos índices mais altos do setor.

Já a outra parte dos conselheiros e o próprio presidente da Gafisa, Duilio Calciolari, não gostariam de se desfazer da Alphaville e cogitam a abertura de capital.

Como a loteadora tem resultados operacionais e marca forte no setor, o apelo entre investidores seria grande em um eventual IPO, explicam as fontes. “Por enquanto, todas as cartas estão na mesa”, disse uma das pessoas próximas da negociação. “Mas quando as propostas forem apresentadas, o conselho terá que bater o martelo.”

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