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Genes e polêmica: o que American Eagle e Dunkin’ nos ensinam sobre criatividade e seus limites

Campanhas que provocaram burburinho (e controvérsia) ao falar de temas genéticos; especialista explica erros

Luana Araujo
Luana Araujo

Redatora

Publicado em 11 de setembro de 2025 às 13h59.

Em 2025, duas campanhas ultrapassaram os limites da criatividade: a American Eagle, empresa conhecida por roupas com foco em jeans, com a atriz Sydney Sweeney, e a Dunkin’, marca especializada na venda de rosquinhas e café, com o ator Gavin Casalegno.

Ambas apostaram em trocadilhos para ganhar a atenção nas redes sociais, mas acabaram gerando discussões sobre ética e representatividade.

Enquanto a American Eagle apostou no jogo de palavras entre “genes” e “jeans”, a campanha da Dunkin’ diz “Este bronzeado? É genético”.

Mas por que essas campanhas pegaram tão mal para parte do público? E o que elas nos ensinam sobre o momento atual do marketing?

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O caso American Eagle: quando o trocadilho vira ruído

A campanha da American Eagle, estrelada por Sydney Sweeney, usava a frase “Ela tem ótimo genes” (She has great genes) como gancho para destacar a linha de jeans da marca. 

A ideia de se usar um trocadilho em campanhas de publicidade até funciona muitas vezes. Neste caso, o público se sentiu ofendido, e a cobrança por inclusão e sensibilidade cultural veio à tona.

O vídeo  focava em seus traços: pele clara, olhos azuis e cabelo loiro. A combinação gerou reações apontando que a campanha reforçava a valorização de um único padrão estético.

“O público está mais atento e qualquer sinal pode ser lida como exclusão”, avalia Hugo Cavalari, especialista em marketing digital.

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O caso Dunkin’: genética como produto

A campanha da Dunkin' Donuts gerou controvérsia mas de forma bem mais sutil do que a campanha anterior. Estrelado pelo ator Gavin Casalegno da série  “O verão que mudou a minha vida” (The Summer I Turned Pretty), ele credita seu bronzeado dourado à sua "genética".

O que parecia uma campanha inocente de bebida de verão rapidamente virou polêmica. Foi especialmente problemático, já que o comercial foi lançado apenas uma semana após a American Eagle enfrentar críticas por sua campanha, que também fazia referência à genética..

O caso Dunkin' mostra como as marcas precisam prestar atenção no contexto cultural do momento em que lançam suas campanhas.

“Acabamos de sair de um ciclo onde a moda celebrava corpos diversos, pessoas reais, síndromes visíveis. E agora voltamos ao ‘belo fabricado’? É um choque de mensagem”, comenta Cavalari.

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O que aprendemos com esses dois casos?

1. O público está mais crítico

As campanhas são julgadas em tempo real e uma ideia criativa pode ser bem-sucedida ou desastrosa, dependendo do contexto e do momento.

2. Humor e trocadilho precisam de teste

Usar trocadilhos pode ser um muito bom,  mas também arriscado. Especialmente quando envolve temas como genética, aparência e padrões sociais. O ideal é testar antes, com grupos diversos.

3. Diversidade não pode ser moda passageira

Quando marcas vão do “inclusivo” ao “geneticamente idealizado” sem explicação ou equilíbrio, perdem confiança. O consumidor atual quer coerência.

4. Crise programada também é crise

Fazer barulho pode trazer retorno de curto prazo, mas abala a percepção de marca ao longo prazo. Existem formas mais construtivas de provocar discussões sociais sem colocar reputação em jogo.

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