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Goiás quer virar polo de inovação. O plano? Investir na capital do agro

A ideia é incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias que possam contribuir para Rio Verde, que tem o maior PIB agropecuário do estado

Hub Goiás Rio Verde: já são mais de R$ 30 milhões investidos (Hub Goiás/Divulgação)

Hub Goiás Rio Verde: já são mais de R$ 30 milhões investidos (Hub Goiás/Divulgação)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 06h05.

Última atualização em 30 de outubro de 2025 às 08h11.

Goiás quer se tornar um polo de inovação brasileira. Já são mais de R$ 30 milhões investidos, 650 eventos realizados e, agora, dois espaços físicos.

O Hub Goiás Rio Verde foi inaugurado nesta quinta-feira, 30. O plano é, assim como foi feito em Goiânia, criar um ambiente onde empreendedores, universidades e investidores se conectem.

A iniciativa envolve o Governo de Goiás, a Prefeitura de Rio Verde e o Porto Digital, hub de inovação no Recife.

Por que lá?

"A inovação não pode ficar restrita a Goiânia. O Hub Goiás já apoiou mais de 170 startups em dois anos. Agora, vamos levar essa experiência para Rio Verde, um dos maiores polos do agronegócio", afirmou José Frederico Lyra Netto, secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás.

O Rio Verde tem o maior PIB agropecuário de Goiás. A cidade produz mais de 2 milhões de toneladas a cada safra de milho, liderando o ranking nacional.

A cidade também lidera na produção de soja no Goiás. Foram mais de 1 milhão de toneladas em 2019, segundo o Coderv (Conselho de Desenvolvimento Econômico do Rio Verde).

O próximo polo de inovação brasileiro?

Pierre Lucena, CEO do Porto Digital, destaca a importância dos hubs de inovação para o fortalecimento do ecossistema de startups no Brasil.

Localizado no centro histórico de Recife, o Porto Digital abriga 475 empresas, com um faturamento de R$ 6,2 bilhões até 2024, e já gerou mais de 20 mil empregos.

Agora, vai gerir o Epicentro da Inteligência Artificial em Goiás, programa de aceleração para startups.

"Os hubs de inovação não são apenas espaços físicos, mas também catalisadores que conectam empreendedores, investidores e pesquisadores, criando um ambiente propício para o crescimento de novas tecnologias", afirma.

Florianópolis, por exemplo, abriga o 'Vale do Silício brasileiro' e já é considerada a Capital Nacional das Startups. São 7,4 negócios tech a cada 1.000 habitantes na ilha, à frente de São Paulo e de Curitiba.

Há também o San Pedro Valley, em Belo Horizonte, que hoje abriga mais de 300 empresas, e inúmeros outros 'valleys' pelo Brasil. O que não vai faltar para Goiás é competição — mas pelo menos "IA" já está no nome.

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