Negócios

Pearson vende 22% da Penguin Random House para Bertelsmann

Após a conclusão da venda, fechada por R$ 1 bilhão de dólares, a Pearson conservará 25% da editora

Penguin: para esta operação, o valor total da Penguin Random House foi estabelecido em 3,55 bilhões de dólares (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Penguin: para esta operação, o valor total da Penguin Random House foi estabelecido em 3,55 bilhões de dólares (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

A

AFP

Publicado em 11 de julho de 2017 às 08h56.

O grupo britânico Pearson anunciou nesta terça-feira a venda por 1 bilhão de dólares de 22% da editora Penguin Random House para a sócia alemã Bertelsmann.

Após a conclusão da venda, a Pearson conservará 25% da editora, o que significa uma pequena surpresa, já que ao revelar em janeiro as possibilidades sobre a operação o grupo britânico havia informado que examinava a venda da totalidade dos 47% que controlava na empresa criada em 2013 com a fusão da Random House (Bertelsmann) com a Penguin (Pearson).

A Bertelsmann controlará então 75% da Penguin Random House, empresa anglo-saxã - da qual não faz parte a Random House Alemanha - que reúne 250 casas editoriais com mais de 15.000 publicações por ano e faturamento de 3,4 bilhões de dólares.

Com a operação, "a Bertelsmann obtém direitos de administração mais importantes na Penguin Random House e nomeará o presidente do Conselho de Administração", explicou o grupo alemão em um comunicado.

A Penguin Random House, apresentada como o "maior grupo editorial generalista do mundo", publicou, entre outros títulos, a série "Game of Thrones" no mercado americano e escritores de muito sucesso como John Grisham (A Firma), Dan Brown (O Código Da Vinci) ou E.L. James (Cinquenta Tons De Cinza). Também publicará os livros de Michelle e Barack Obama.

Para esta operação, o valor total da Penguin Random House foi estabelecido em 3,55 bilhões de dólares.

A Pearson explicou que a venda de sua participação, combinada a uma recapitalização da editora, representaria uma arrecadação média imediata de 968 milhões de dólares. Em abril de 2018 receberá 66 milhões adicionais. A operação deve estar concluída em setembro.

A Pearson, que enfrenta dificuldades em suas contas por sua atividade no setor educacional de alto valor agregado nos Estados Unidos, anunciou em janeiro de 2016 a demissão de 4.000 funcionários para enfrentar a desaceleração da demanda.

O grupo, que já teve uma forte presença na imprensa, reorientou suas atividades para o setor educativo após a venda em 2015 do Financial Times e de sua participação na revista The Economist.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisEmpresasEmpresas alemãsPearson

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares