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Moody's diz que crédito da Petrobras continuará sob pressão

Para a agência, a Petrobras teria de aumentar mais os preços, reduzir gastos, vender ativos e incorrer em mais dívidas para proteger sua posição de caixa


	Perfil de crédito: na avaliação da agência, a Petrobras teria de aumentar mais os preços, reduzir gastos, vender ativos e incorrer em mais dívidas para proteger sua posição de caixa e manter os níveis de produção
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Perfil de crédito: na avaliação da agência, a Petrobras teria de aumentar mais os preços, reduzir gastos, vender ativos e incorrer em mais dívidas para proteger sua posição de caixa e manter os níveis de produção (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2015 às 13h46.

São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's afirmou em relatório que o perfil de crédito da Petrobras permanecerá sob pressão no próximo ano, apesar de um corte de 30% nos investimentos para 2016.

A Moody's destacou as difíceis condições operacionais e financeiras como razão para essa avaliação.

"Embora o corte de gastos proteja o caixa da Petrobras em um momento no qual os lucros operacionais têm se enfraquecido com a desvalorização do real, o perfil de crédito da companhia continuará sendo desafiado pelas condições econômicas, operacionais e financeiras difíceis", afirmou Nymia Almeida, vice-presidente e diretora de crédito sênior da Moody's.

Na avaliação da agência, a Petrobras teria de aumentar mais os preços, reduzir gastos, vender ativos e incorrer em mais dívidas para proteger sua posição de caixa e manter os níveis de produção.

No entanto, mais aumentos de preços deverão ser difíceis, tendo em vista que a inflação anual no Brasil se aproxima de 10%, observa a Moody's.

"Conforme 2016 se aproxima, a Petrobras terá de manter sua forte posição de liquidez diante da economia brasileira fraca, dos baixos preços do petróleo e de perspectivas desfavoráveis para vendas de ativos", acrescentou Nymia.

A Petrobras anunciou na segunda-feira, dia 5, que vai cortar os investimentos previstos para 2016 de US$ 27 bilhões para US$ 19 bilhões.

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