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Petrobras busca solução para contrato no RS, diz governo

Graça Foster se reuniu com Tarso Genro para reforçar o interesse em manter a construção de equipamentos para plataformas do pré-sal no Estado


	Terminal portuário da Petrobras na Baia da Guanabara, no Rio de Janeiro
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Terminal portuário da Petrobras na Baia da Guanabara, no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 22h22.

Rio de Janeiro - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, reuniu-se nesta segunda-feira com o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), para reforçar o interesse da estatal em manter a construção de equipamentos para plataformas do pré-sal no Estado, afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik.

A construção dos equipamentos no polo naval é de responsabilidade da Iesa Óleo e Gás, que corre o risco de perder o contrato com a petroleira devido a problemas financeiros e atrasos na entrega dos materiais contratados.

A Iesa venceu licitação de 720 milhões de dólares com a Petrobras para a construção de 24 módulos de compressão de gás para seis plataformas do pré-sal.

O contrato tem ainda a opção de fornecimento de mais oito módulos para outras plataformas, o que elevaria o valor do acordo para 911 milhões de dólares.

A Iesa iniciou a construção do polo naval do Jacuí, na cidade Charqueadas, onde vários subfornecedores se instalaram para atender a empresa. Agora, o Estado teme que o contrato seja cancelado e o projeto se mova para outro Estado.

"A presidente Graça Foster reiterou a importância do projeto ficar no Estado", afirmou Knijnik, que participou do encontro com a executiva da Petrobras.

Uma das opções estudadas, segundo Knijnik, seria a formação de uma parceria entre a Iesa Óleo e Gás e a construtora Andrade Gutierrez. Procurada, a Andrade Gutierrez confirmou as negociações.

"A Andrade Gutierrez informa que as negociações sobre a entrada da empresa no projeto do Polo Naval de Jacuí ainda estão em andamento, com a Petrobras e com a Iesa, mas que ainda não há uma definição sobre o assunto", informou em nota.

Embora o primeiro pacote com seis módulos tivesse previsão para ser entregue neste mês, o presidente Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, Jorge Luiz de Carvalho, afirmou à Reuters que não há nenhum pronto.

Carvalho, que não participou da reunião, destacou que há mais de mil trabalhadores envolvidos na obra dos módulos, e a retirada do projeto do Rio Grande do Sul prejudicaria o Estado.

Procurada para se posicionar sobre a reunião, a Petrobras afirmou que o encontro foi fechado e que não havia informações sobre a agenda de discussões.

Em relação ao contrato, a empresa reiterou que desde o ano passado tem se empenhado, junto à Iesa, na busca de alternativas para manter a execução do contrato, "com objetivo de contornar as dificuldades oriundas da crise financeira do Grupo Inepar, do qual a Iesa Óleo e Gás faz parte".

A estatal também destacou que estão sendo realizados esforços para manter a execução dos serviços no Rio Grande do Sul.

"Para tal, soluções de longo prazo estão sendo identificadas e analisadas, tendo como prioridade o atendimento aos prazos do projeto de construção das plataformas", afirmou em nota.

A Iesa não foi encontrada imediatamente para comentar a informação.

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