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São Paulo atrai R$ 2 bi em 2025 com apoio de agência municipal

A prefeitura de São Paulo, através da SP Negócios, ajudou a gerar mais de 8 mil empregos e viabilizou projetos em diversas áreas da cidade

Centro de São Paulo: prefeitura tem uma espécie de 'concierge' para investidores (Divulgação/Divulgação)

Centro de São Paulo: prefeitura tem uma espécie de 'concierge' para investidores (Divulgação/Divulgação)

Leo Branco
Leo Branco

Editor de Negócios e Carreira

Publicado em 7 de novembro de 2025 às 09h23.

Última atualização em 7 de novembro de 2025 às 09h37.

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A cidade de São Paulo atraiu, entre janeiro e setembro de 2025, mais de R$ 2,1 bilhões em novos investimentos, com impacto direto na geração de 8.361 empregos, somando vagas diretas e indiretas.

Os números fazem parte do balanço da SP Negócios, agência de promoção de investimentos e exportações da prefeitura da capital, sob a gestão de Alessandra Andrade desde o início do ano.

A agência funciona como um ponto de apoio ao investidor, oferecendo acompanhamento a empresas interessadas em se instalar, expandir ou exportar a partir de São Paulo.

O trabalho vai desde reuniões de articulação com o poder público até missões internacionais de prospecção de negócios.

A lógica é funcionar como um 'concierge' do investidor, reunindo informações, orientações e suporte técnico para que o capital privado encontre ambiente favorável na cidade.

A SP Negócios foi criada em 2015 e segue vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.

Atua em duas frentes principais: atração de investimentos e desenvolvimento de projetos estratégicos, como parcerias público-privadas (PPPs) e concessões.

Também cuida de iniciativas voltadas à internacionalização de empresas paulistanas e ao incentivo às exportações.

Em 2025, a agência finalizou 56 projetos de investimento, manteve 76 projetos ativos e concluiu 228 processos.

Também organizou oito missões internacionais para promover São Paulo em feiras e rodadas de negócios.

Outra frente de atuação envolve os projetos de desestatização e PPPs, com cinco propostas em estruturação e seis roadshows realizados para apresentar essas oportunidades a grupos estratégicos.

Segundo a diretora-presidente Alessandra Andrade, o papel da SP Negócios é garantir que "São Paulo não perca negócios".

Para isso, a agência atua como ponte entre empresas, órgãos públicos e a cidade.

"Nossa missão é transformar oportunidades em realidades. Fazemos isso garantindo que cada conexão entre empresas, governo e sociedade se converta em desenvolvimento concreto", afirma.

Alessandra Andrade, da SP Negócios: "O investidor que procura São Paulo precisa de segurança, informação e agilidade" (Divulgação/Divulgação)

Quem é Alessandra Andrade

Alessandra é administradora com formação em comércio exterior pela Universidade Mackenzie. Tem MBA em gestão de mercado de luxo pela FAAP e especializações em escolas como Babson, LSE e Harvard, com foco em empreendedorismo e inovação.

Antes de assumir a SP Negócios, atuou como vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), onde criou o Conselho de Inovação.

Também passou por instituições como o FAAP Business Hub, a Confederação Nacional dos Jovens Empresários (CONAJE) e o Conselho Nacional da Mulher Empreendedora.

À frente da SP Negócios, Alessandra assumiu a missão de liderar uma agência que serve como o centro de inteligência de negócios da maior cidade da América Latina.

Desde janeiro, ela coordena ações voltadas à conexão entre o setor público e o privado, à atração de capital estrangeiro e ao fortalecimento da imagem de São Paulo como hub econômico global.

Ações concretas em 2025

Além dos R$ 2,1 bilhões em investimentos atraídos, a agência também viabilizou US$ 6,2 milhões em negócios gerados para exportação.

Internamente, foram realizados 12 estudos e análises de mercado, dois encontros de negócios e nove treinamentos de equipe, além de 12 visitas técnicas com o objetivo de melhorar os processos internos.

A SP Negócios também está envolvida diretamente nas políticas de requalificação da Região Central de São Paulo, por meio do programa Todos Pelo Centro, um comitê intersecretarial da prefeitura.

O programa atua em seis eixos — habitação, mobilidade, segurança, meio ambiente, cultura e investimentos — e é responsável por coordenar as leis de incentivo fiscal em vigor na região.

Entre elas estão:

  • Requalifica Centro: incentiva o retrofit de imóveis com isenção de IPTU e ITBI, redução de ISS e isenção de taxas municipais.
  • Triângulo e Quadrilátero SP: incentiva comércios e serviços com alíquota reduzida de ISS e benefícios fiscais.
  • PIU Setor Central: prevê a atração de até 220 mil novos moradores para a região, com foco em habitação e infraestrutura.

Em 2025, o programa já viabilizou 24 projetos de retrofit, com 2.214 unidades habitacionais previstas, e registrou 291 novos comércios abertos no Centro da cidade.

Projetos em estruturação

A SP Negócios acompanha de perto projetos de grande porte que estão em andamento ou em licitação, como o VLT Centro (Bonde São Paulo) e a Esplanada Liberdade.

O primeiro prevê um novo sistema de transporte leve sobre trilhos com capacidade para 134 mil pessoas por dia.

O segundo consiste na construção de uma esplanada sobre a Radial Leste, com espaços para lazer, cultura e gastronomia.

Juntos, esses projetos somam investimentos de R$ 488 milhões, parte dos quais deve vir da iniciativa privada.

Além dos projetos municipais, o governo do Estado de São Paulo também estruturou duas PPPs de impacto urbano no Centro Histórico:

  • a construção do Novo Centro Administrativo Estadual, com investimento previsto de R$ 5,4 bilhões
  • a PPP de Desenvolvimento Urbano e Habitação, com a construção de mais de 6.000 moradias e 152 mil m² de área comercial

Em todas essas frentes, a SP Negócios sustenta sua atuação na ideia de que “cada conexão entre empresas, governo e sociedade deve se transformar em desenvolvimento concreto”.

A cidade segue registrando altos volumes de abertura de empresas, crescimento na arrecadação de ISS e aumento no faturamento de setores estratégicos como comércio e saúde, especialmente na área central.

A meta, segundo a diretora-presidente, é manter São Paulo competitiva em um cenário global cada vez mais disputado.

"Nosso trabalho é garantir que as oportunidades não escapem. O investidor que procura São Paulo precisa de segurança, informação e agilidade. É isso que a gente entrega", diz Alessandra.

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