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Shell pede à ANP suspensão de plano de Epitonium

Objetivo da empresa é focar na descoberta Gato do Mato, no pré-sal da Bacia de Santos


	Shell: a empresa tem 80 por cento do contrato BM-S-54
 (Eddie Seal/Bloomberg)

Shell: a empresa tem 80 por cento do contrato BM-S-54 (Eddie Seal/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 17h52.

Rio de Janeiro - A <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/shell">Shell</a></strong> solicitou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (<strong><a href="https://exame.com.br/topicos/anp">ANP</a></strong>) a suspensão do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) do poço batizado de Epitonium, que pertence ao BM-S-54, mesmo contrato onde está a descoberta de Gato do Mato, no pré-sal da Bacia de Santos, em processo de unitização.</p>

A afirmação foi feita à Reuters pelo presidente da Shell no Brasil, André Araújo, durante evento no Rio de Janeiro.

O pedido de suspensão do PAD acontece porque a Shell está com suas atenções voltadas para a descoberta Gato do Mato, segundo Araújo, vista como mais promissora. Caso a suspensão não fosse solicitada, os prazos regulatórios passariam a correr, e a petroleira poderia não ter tempo suficiente para explorar Epitonium.

A petroleira ainda não decidiu o que deverá fazer com a descoberta de Epitonium, segundo o presidente no Brasil.

Gato do Mato é uma jazida que extrapola os limites de concessão para uma área do pré-sal ainda não licitada pela União. A Shell tem 80 por cento do contrato BM-S-54, enquanto a Total tem 20 por cento.

"A gente está focado em uma solução específica para Gato do Mato", afirmou Araújo.

"Gato do Mato e Epitonium são reservas diferentes e a gente quer focar as atividades onde ela é mais promissora." A concessão de Gato do Mato está suspensa enquanto a Shell e a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) firmam um acordo para definir como a jazida continuará a ser explorada.

Araújo explicou que as conversas entre a Shell e PPSA estão indo muito bem. Entretanto, não deu prazos para a conclusão das negociações.

"A gente tem a expectativa de que vamos ter o mais rápido possível (uma solução), ao longo deste ano a gente tem trabalhado com a PPSA. Eles estão em um processo de entender o reservatório (Gato do Mato)", comentou Araújo.

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