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Subsidiária de carga da Vale terá aporte de R$ 2 bi

Valor da Logística Integrada rebeberá um aporte com a entrada de três sócios ainda não revelados no negócio


	Ferrovia da VLI: Vale pretende vender a subsidiária de transporte de carga como parte da estratégia de desinvestimento da companhia
 (Reprodução)

Ferrovia da VLI: Vale pretende vender a subsidiária de transporte de carga como parte da estratégia de desinvestimento da companhia (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 18h57.

Rio - A Valor da Logística Integrada (VLI), subsidiária da Vale no segmento de transporte de carga geral, receberá um aporte de R$ 2 bilhões no caixa com a entrada de três sócios no negócio. O nome dos novos parceiros serão conhecidos no dia 31, após o Conselho de Administração da mineradora aprovar a operação.

"Do dinheiro todo que vier, vamos aportar R$ 2 bilhões na VLI sob a forma de investimento primário. Qualquer outro valor que for apurado vai para o caixa da Vale, que estará vendendo suas ações", revelou o diretor executivo de Logística e Pesquisa Mineral da empresa, Humberto Freitas, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Criada em setembro de 2010, a VLI atraiu 12 grupos para a disputa - dois estrangeiros. A venda da subsidiária de transporte de carga geral faz parte da estratégia de desinvestimento da companhia para centrar esforços no negócio principal: minério de ferro, níquel, cobre, carvão e fertilizantes. De acordo com Freitas, entretanto, a Vale não reduzirá a fatia a menos de 30%.

"Tínhamos a intenção de ficar minoritários. A nossa aceitação agora é chegar a até 30%. Não estamos pensando em ficar abaixo disso no momento", disse. Ele evita estimar o valor total do negócio antes da aprovação. O conjunto de ativos da VLI, entretanto, sugere que deve ir bem além dos R$ 2 bilhões. O portfólio de ativos logísticos transferido pela Vale à empresa inclui as Ferrovias Centro-Atlântica (FCA) e Norte-Sul e o Terminal Integrador Portuário Luiz Antônio Mesquita (Tiplam), no Porto de Santos (SP).

Para este último, a VLI espera receber a licença ambiental que permitirá a construção de três novos berços de atracação até 2017. As novas estruturas permitirão que ele passe a exportar açúcar e grãos, além da atual importação de fertilizantes. A operação de um berço do porto público de Itaqui, no Maranhão, também está é passada à VLI, que movimentará produtos como grãos, ferro-gusa e concentrado de cobre no local.

A companhia também tem uma rede de quatro "terminais integradores" - Araguari, Pirapora, Ouro Preto (todos em Minas Gerais) e Palmeirante (TO) - criados para tornar mais eficiente o escoamento de cargas como grãos, fertilizantes e aço. Segundo Freitas, outros seis terminais serão construídos nos próximos anos. O primeiro da nova safra será inaugurado em agosto em Belo Horizonte.

Há ainda contratos firmados este ano com a Vale para assegurar o uso pela VLI de concessões logísticas mantidas pela mineradora, como a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), a Estrada de Ferro Carajás (EFC) e de três terminais portuários em Vitória - Praia Mole (carvão), Produtos Diversos (grãos) e um terminal de importação de fertilizantes. O prazo médio dos contratos é de 25 anos.

Hoje, a VLI tem desenhado um plano de investimentos de R$ 9 bilhões para o período 2013-2017. Os novos sócios, entretanto, terão de aprovar o plano, que também não foi submetido ao conselho da Vale. Para 2013, a previsão é o orçamento chegar a R$ 1,348 bilhão. Desse total, foram aprovados R$ 1,018 bilhão e outros R$ 330 milhões serão levados para aprovação do Conselho de Administração. Nesta quinta-feira, a companhia havia informado o volume total de R$ 900 milhões.

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