Negócios

Telecom Italia é como "navio sem leme", diz Vivendi

Segundo principal investidor, seu Conselho de Administração não reflete a base de acionistas


	Torre da Telecom Italia em Roma: embate pode piorar problemas à empresa bastante endividada
 (Alessandro Bianchi/Reuters)

Torre da Telecom Italia em Roma: embate pode piorar problemas à empresa bastante endividada (Alessandro Bianchi/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 12h03.

Milão - A Telecom Italia é como um "navio sem leme", porque seu Conselho de Administração não reflete a base de acionistas, disse seu principal investidor, o grupo francês Vivendi nesta segunda-feira, mostrando frustração enquanto a tentativa de obter mais assentos no Conselho corre o risco de fracassar.

Os comentários do presidente-executivo da Vivendi, Arnaud de Puyfontaine, vêm após o grupo francês ter dito que se absteria de votar em uma proposta para converter as ações preferenciais em ações ordinárias em assembleia de acionistas no dia 15.

Isso dificulta a aprovação da conversão, já que é necessário aprovação de maioria de dois terços de acionistas presentes na assembleia. A Vivendi detém 20 por cento da Telecom Italia.

A iniciativa também prepara terreno para um confronto mais intenso entre Vivendi, o Conselho da Telecom Italia e fundos de investimento que são grandes acionistas do grupo italiano de telefonia e apoiam a conversão.

O embate pode piorar problemas à empresa bastante endividada que por muito tempo teve problemas com a falta de uma estratégia clara e é vista como alvo de compra por devido à sua fraqueza.

O Conselho da Telecom Italia aprovou em novembro o plano de converter suas 6 bilhões de ações preferenciais, iniciativa que a ajuda a levantar recursos mas também dilui a participação tanto da Vivendi como de Xavier Niel, empresário francês que também assumiu participação na companhia.

A Vivendi investiu mais de 3 bilhões de euros na Telecom Italia desde junho e quer indicar quatro membros no Conselho.

Mas esse pedido deve ser rejeitado na assembleia de terça-feira, enquanto consultorias recomendaram que os fundos votem contra, o que enfureceu o grupo francês.

"Para uma companhia de qualidade como a Telecom Italia, ter um Conselho que não reflete sua estrutura de acionistas é como ter um navio sem leme", disse Puyfontaine ao jornal Corriere della Sera em entrevista publicada nesta segunda-feira.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas francesasTelecom ItaliaVivendi

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares