Negócios

Tesouro dos EUA irá emprestar a aéreas, mas quer garantias, dizem fontes

Segundo fontes, o secretário do tesouro americano pode exigir que 30% dos empréstimos a companhias aéreas tenham garantia

Avião: As taxas de juros subiriam com o tempo se as companhias aéreas não pagassem os empréstimos, segundo as fontes. (Patrick Foto/Getty Images)

Avião: As taxas de juros subiriam com o tempo se as companhias aéreas não pagassem os empréstimos, segundo as fontes. (Patrick Foto/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 11 de abril de 2020 às 16h29.

WASHINGTON/CHICAGO - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse às principais companhias aéreas na sexta-feira que quer que elas paguem parte dos 25 bilhões de dólares em subsídios que o Congresso aprovou no mês passado para cobrir os custos de sua folha de pagamento conforme as empresas enfrentam uma crise sem precedentes devido ao coronavírus, disseram três autoridades da indústria à Reuters.

Um comunicado do Tesouro informou que Mnuchin não exigirá que companhias aéreas de passageiros que receberão 100 milhões de dólares ou menos em assistência para a folha de pagamento paguem compensação, e que os recursos "estarão disponíveis imediatamente após a aprovação de seus pedidos".

A Reuters informou na sexta-feira que o Tesouro não demandaria garantias de companhias regionais menores, que pediram ao governo que não exigisse compensação.

Mnuchin conversou com executivos das principais companhias aéreas em ligações privadas na sexta-feira e disse que o departamento estava oferecendo 70% da ajuda em subsídios que não precisariam ser pagos e 30% em empréstimos a juros baixos para os quais as companhias aéreas deveriam oferecer garantias, disseram as fontes.

As taxas de juros subiriam com o tempo se as companhias aéreas não pagassem os empréstimos, segundo as fontes.

Três pessoas com conhecimento do assunto disseram que as garantias, que dariam ao governo o direito de comprar ações a preço e prazo preestabelecidos, seriam iguais a 10% do valor do empréstimo.

Isso significa que em cada 1 bilhão de dólares em ajuda do governo, 700 milhões de dólares seriam em subsídios e 300 milhões de dólares seriam em empréstimos a juros baixos, com uma opção para o governo comprar 30 milhões de dólares em ações. Duas pessoas disseram que as garantias seriam precificadas conforme as cotações atuais das ações.

Qualquer um dos termos ainda pode estar sujeito a alterações à medida que as negociações continuam.

As garantias não geram dívidas no balanço patrimonial e, portanto, não devem prejudicar a capacidade das companhias aéreas para financiamentos no futuro, disseram especialistas.

Acompanhe tudo sobre:companhias-aereasDívidas empresariais

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares