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Turbi, de locação de veículos, capta R$ 156 milhões para comprar mais carros

Empresa de locação de veículos espera terminar 2025 com um crescimento de 84,5% em relação ao ano anterior

Eduardo Portelada, diretor de RI, Daniel Prado, CEO e Mario Liao, CFO, da Turbi: "Estamos dobrando de tamanho a cada ano" (Divulgação/Turbi)

Eduardo Portelada, diretor de RI, Daniel Prado, CEO e Mario Liao, CFO, da Turbi: "Estamos dobrando de tamanho a cada ano" (Divulgação/Turbi)

Publicado em 17 de outubro de 2025 às 12h07.

A Turbi, empresa especializada em aluguel de carros, anunciou uma captação de R$ 156 milhões via debêntures.

O investimento será utilizado inteiramente na compra de novos carros para ampliar os serviços da marca.

Segundo a empresa, o banco Itaú e a companhia listada no mercado de capitais japonês, Credit Saison, foram responsáveis pelo aporte.

“Contar com a participação desses investidores representa um selo importante da qualidade de crédito da Turbi, já que são bolsos historicamente reconhecidos no mercado pela seletividade, rigor analítico e disciplina de investimento”, disse Eduardo Portelada, Diretor de Relações com Investidores da Turbi.

A companhia disse ter reportado em setembro de 2025 um crescimento de mais de 100% em relação ao mesmo período no ano passado, chegando a marca de 7 mil veículos em operação.

A Turbi, considerada a quarta maior locadora de veículos do país, estima terminar o ano com um faturamento avaliado em R$ 500 milhões, uma projeção de aproximadamente 84,5% a mais em relação a 2024, quando a companhia terminou o ano com R$ 271 milhões.

“Estamos dobrando de tamanho a cada ano e esse crescimento tem levado a indicadores recorde de receita e margens, o que impacta diretamente na lucratividade da operação", disse Daniel Prado, Cofundador e CEO da Turbi.

Captações antigas

Em 2022, a empresa emitiu R$ 106 milhões em debêntures para começar a compra de seus próprios veículos. A transição para uma frota própria foi gradual, mas já mostrou resultados substanciais: em 2024, a Turbi conseguiu recuperar suas margens EBITDA, que passaram de uma perda de 3% no início do ano para uma margem positiva de 44% no quarto trimestre.

Além disso, a empresa entrou no mercado de seminovos, vendendo mais de 1.300 carros em 2024 e faturando R$ 98 milhões com a operação. Isso não só contribuiu para a renovação da frota, mas também ajudou a reduzir a depreciação acelerada dos veículos. "A cada carro vendido, temos a oportunidade de reinvestir em novos veículos e continuar renovando nossa frota, criando um ciclo positivo para a empresa", explica Portelada.

Novos horizontes

Em outubro, a Turbi inaugura duas lojas voltadas ao canal B2C. Segundo a empresa, a venda de seminovos representa 30% do faturamento da companhia e faz parte de uma estratégia para aumentar a receita média de venda por veículo, usando um cálculo mais próximo a 100% da tabela FIPE.

“A expansão do canal B2C é uma das principais alavancas de crescimento da vertical de seminovos de 2025 em diante. Além de operar com veículos de versões superiores aos dos concorrentes, nós temos os carros mais novos, menos depreciados e com menor quilometragem, o que acaba tendo um melhor fit com o consumidor final que busca um carro 'seminovo' e com um diferencial importante: são carros completos, equipados com kit multimídia e câmbio automático”, afirmou Portelada.

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