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Cartas de Pokémon valorizam 3.800% em 20 anos e animam investidores

O valor de cada carta varia conforme critérios como raridade, qualidade da arte e avaliação por autenticadores

Durante a pandemia, o segmento ganhou força entre investidores amadores (John Keeble/Getty Images)

Durante a pandemia, o segmento ganhou força entre investidores amadores (John Keeble/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 11 de setembro de 2025 às 15h46.

Última atualização em 11 de setembro de 2025 às 16h47.

As cartas colecionáveis de Pokémon se consolidaram como um dos investimentos mais rentáveis dos últimos tempos. Segundo dados da empresa de análise Card Ladder, divulgados pelo Wall Street Journal, o retorno acumulado mensal desde 2004 chega a impressionantes 3.821%, superando os 483% registrados pelo índice S&P 500 no mesmo período.

Criada em 1996 pela Nintendo, a franquia Pokémon rapidamente se tornou um fenômeno global, expandindo-se para séries de TV, filmes e diversos jogos. Atualmente, o mercado de cartas colecionáveis da marca vive uma onda de valorização impulsionada por especulação e crescente interesse de investidores.

Durante a pandemia, o segmento ganhou força entre investidores amadores, que passaram a comprar cards com mais tempo livre e recursos vindos de auxílios governamentais. O WSJ destacou que celebridades, como o influenciador Logan Paul, contribuíram para o aumento da popularidade desse segmento. Em 2022, Paul revelou ter comprado um raro exemplar do Pikachu Illustrator por US$ 5,3 milhões, estabelecendo um recorde reconhecido pelo Guinness.

Mercado secundário

Embora a empresa responsável pelos cards lance novos produtos regularmente, o maior volume de negociações ocorre no mercado secundário. Plataformas como eBay, TCGplayer, redes sociais e feiras especializadas concentram as transações entre colecionadores e vendedores.

O valor de cada carta varia conforme critérios como raridade, qualidade da arte e avaliação por autenticadores. Cartas com nota quase perfeita podem atingir cifras milionárias, enquanto pequenos defeitos — como dobras ou arranhões — podem reduzir bastante o preço. O risco de falsificações também é constante.

Apesar da valorização, especialistas alertam para a volatilidade do mercado e a ausência de padrões claros de precificação. O WSJ traçou paralelos com a bolha das cartas de beisebol nos anos 1980, quando a superprodução levou à queda abrupta dos preços.

Outro fator que influencia o valor dos cards é o apego emocional dos colecionadores. Isso, segundo analistas financeiros, pode comprometer decisões de investimento. Ainda assim, muitos fãs consideram os cards de Pokémon uma aposta mais segura do que outros itens colecionáveis, como os de beisebol.

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