Se antes descobrir músicas novas dependia de um rádio ou de uma TV, nos últimos anos o processo se tornou ainda mais fácil. Agora, basta um scroll no TikTok.
Gracie Abrams: maior hit da cantora é música viralizada no TikTok (Kevin Mazur/Getty Images for iHeartRadio/Getty Images)
Repórter
Publicado em 7 de junho de 2025 às 07h59.
Em 2024, artistas como Billie Eilish, Sabrina Carpenter, Gracie Abrams e Charli XCX lideram uma revolução musical com faixas curtas, de 2 a 3 minutos, que dominam as paradas. Canções como “Espresso” de Sabrina Carpenter, com 2m55s, e “That’s So True” de Gracie Abrams, com 2m35s, são exemplos de como a música pop está se adaptando ao consumo rápido das plataformas digitais.
O TikTok é o epicentro dessa mudança, com vídeos curtos e virais impulsionando músicas que tenham ganchos rápidos e refrões marcantes. A maioria dos grandes sucessos da música pop ganha tração inicialmente na plataforma, e artistas como Sabrina Carpenter e Gracie Abrams viralizaram através de trends e desafios no app.
Com mais de 1 bilhão de usuários, o TikTok se tornou essencial para o sucesso das faixas curtas, criando uma dinâmica de viralização que gera um aumento significativo no número de streams.
Além do TikTok, o modelo de negócios das plataformas de streaming também contribui para a popularidade das músicas curtas. As plataformas como o Spotify remuneram os artistas com base nas reproduções, e músicas mais curtas, com menos de 3 minutos, têm mais chances de serem repetidas, aumentando os streams e a receita gerada.
De acordo com dados do Chartmetric, em 2024, a duração média das músicas que chegaram às paradas do Spotify foi de 3 minutos, representando uma queda de 30 segundos em relação aos anos anteriores.
Embora as faixas curtas estejam dominando, faixas mais longas ainda têm seu espaço no mercado.
Artistas como Taylor Swift e Beyoncé continuam a lançar álbuns com músicas que ultrapassam os 5 minutos, mostrando que ainda há uma demanda por músicas mais profundas e elaboradas. O equilíbrio entre músicas curtas e longas será fundamental para o futuro do consumo musical, à medida que o mercado se adapta a ambos os formatos.