Irmãos Menendez: ambos ficaram famosos após assassinarem os pais em 1989 (Reprodução/ABC)
Redação Exame
Publicado em 14 de maio de 2025 às 06h09.
Um juiz de Los Angeles revisou a sentença de Erik e Lyle Menendez, condenados à prisão perpétua pelos assassinatos de seus pais, Kitty e Jose Menendez, em 1989.
Originalmente sentenciados à prisão perpétua, os irmãos agora têm uma nova sentença de 50 anos, o que os torna elegíveis para liberdade condicional. A decisão sobre a liberação deles será tomada pelo conselho de liberdade condicional do estado da Califórnia.
A reavaliação da sentença é um reflexo de novos argumentos e evidências apresentados, incluindo o trabalho de reabilitação feito pelos irmãos enquanto estavam na prisão, o que foi destacado na audiência.
A acusação, no entanto, se opôs fortemente à redução da sentença, argumentando que os irmãos não foram totalmente reabilitados e continuaram a dar desculpas pelos crimes.
O caso, que gerou uma grande cobertura midiática ao longo dos anos e inspirou documentários e livros, agora se encontra em um ponto decisivo com a possibilidade de revisão futura, dependendo da avaliação do conselho de liberdade condicional.
Os irmãos Erik e Lyle Menendez ficaram famosos por assassinarem seus pais na casa da família em Beverly Hills, Califórnia.
Erik e Lyle admitiram ter matado os pais, mas alegaram que agiram em legítima defesa, pois teriam sofrido anos de abuso sexual e emocional por parte do pai, José Menendez. A promotoria, por outro lado, sustentou que o crime foi premeditado para que os irmãos pudessem ficar com a herança milionária da família, estimada em cerca de 14 milhões de dólares.
Após quase 35 anos presos, o caso voltou à tona em 2024 com o lançamento de documentários e séries que reacenderam o debate público. Novas evidências e testemunhos, incluindo a revelação de outra suposta vítima de abuso sexual por José Menendez, fortaleceram a defesa dos irmãos.
Em 2025, um juiz de Los Angeles decidiu reduzir as penas dos irmãos de prisão perpétua para um mínimo de 50 anos, o que os torna elegíveis para liberdade condicional segundo a lei da Califórnia para jovens infratores, já que cometeram o crime antes dos 26 anos.
A decisão do juiz abriu caminho para que Erik e Lyle possam requerer liberdade condicional, mas a decisão final caberá a uma junta estadual que avaliará se eles ainda representam risco para a sociedade. O Ministério Público se opõe à redução da pena, argumentando que os irmãos não demonstraram reabilitação completa nem assumiram total responsabilidade pelo crime.
Durante a audiência, os irmãos fizeram uma declaração emocionada, reconhecendo a gravidade do que fizeram e expressando desejo de ajudar outras vítimas de abuso e apoiar detentos, caso sejam libertados.