Disney World: empresa anunciou investimentos bilionários nos parques temáticos na Flórida. (Gary Hershorn / Colaborador/Getty Images)
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Publicado em 9 de junho de 2025 às 07h30.
A Walt Disney Company e a Universal estão promovendo expansões históricas em seus parques temáticos e apostando bilhões de dólares para reforçar o segmento de experiências.
A movimentação acontece em um momento de reestruturação estratégica, com as empresas buscando reduzir a dependência da televisão tradicional e ampliar fontes de receita mais estáveis no cenário pós-pandemia de covid-19.
No último mês, a Universal Orlando Resort abriu as portas do Epic Universe, seu quarto parque na Flórida. O investimento foi estimado em US$ 7 bilhões, segundo a Universidade da Flórida Central.
“É o maior investimento único que a Comcast NBCUniversal já fez em seu setor de parques temáticos”, afirmou Brian Roberts, CEO da controladora da Universal.
Para Karen Irwin, presidente da Universal Orlando, o novo parque é “diferente de tudo o que já construímos e certamente diferente de qualquer coisa que alguém já tenha construído”. A meta da empresa é transformar o complexo em um destino de férias de uma semana, com a adição de três hotéis da rede Loews, elevando o total para 11 unidades.
Como resposta, a Disney também acelerou seus investimentos. Em 2023, a companhia anunciou um aporte de US$ 60 bilhões na área de experiências, sendo US$ 30 bilhões reservados aos parques localizados nos Estados Unidos.
“Vamos receber a maior parte desse investimento”, declarou Michael Hundgen, produtor executivo criativo da Walt Disney Imagineering. “Trata-se de encontrar o melhor equilíbrio entre criatividade e valor.”
Apesar da escala dos projetos, analistas demonstram preocupação com o retorno financeiro das iniciativas.
A estreia do Epic Universe ocorre em meio a sinais de desaceleração no turismo e instabilidade econômica, o que pode influenciar o comportamento de consumo das famílias.
“Se há incerteza sobre os rumos da economia, as pessoas tendem a ser mais cautelosas com os gastos”, explicou Jorge Ridderstaat, professor da Rosen College of Hospitality Management da Universidade da Flórida Central.
A dúvida central dos especialistas é se os investimentos bilionários serão sustentáveis diante de uma possível queda no número de visitantes nos parques temáticos.