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Ozzy Osbourne, cantor do Black Sabbath, morre aos 76 anos

Artista sofria de Mal de Parkinson e fez o último show com a banda no dia 5 de julho

Ozzy Osbourne: cantor morre aos 76 anos (Scott Dudelson/Getty Images)

Ozzy Osbourne: cantor morre aos 76 anos (Scott Dudelson/Getty Images)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 22 de julho de 2025 às 15h17.

Última atualização em 22 de julho de 2025 às 16h22.

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Morreu nesta terça-feira, 22, o lendário cantor Ozzy Osbourne, vocalista da banda Black Sabbath, aos 76 anos. O artista sofria de mal de Parkinson e fez seu último show com a banda no dia 5 de julho de 2025, no estádio Villa Park, em Birmingham, Reino Unidos.

A notícia foi anunciada pela família do cantor nas redes sociais. "É com mais tristeza do que meras palavras podem expressar que temos que informar que nosso querido Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor", diz o comunicado.

Conhecido como a representação do heavy metal, o "Príncipe das Trevas" é frequentemente lembrado pela personalidade excêntrica que mostrava nos palcos e entrevistas. O cantor marcou a indústria da música pela voz inconfundível, tanto como vocalista do Black Sabbath quanto na carreira solo, e manteve uma carreira longínqua de mais de cinco décadas nos palcos e nas paradas. Vendeu mais de 100 milhões de discos, entre os quais se destacam "Paranoid" (1970), "Master of Reallity" (1971) e "Blizzard of Ozz" (1980).

Ele recebeu o diagnóstico de Parkinson em 2019 após sofrer uma queda que o forçou a se submeter a uma cirurgia. O procedimento acabou causando danos no sistema nervoso e desencadeou o início da doença. Na época, o cantor chegou a dar entrevistas afirmando que tomava uma série de remédios para recuperação e desmentiu rumores de que estaria "à beira da morte".

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No início de julho, Ozzy se despediu dos palcos em um show com a formação original do Black Sabbath para milhões de fãs. Ele se apresentou acompanhado do guitarrista Tony Iommi, do baixista Geezer Butler e do baterista Bil Ward.

O rosto do heavy metal: o nascimento do 'Príncipe das Trevas'

Ozzy Osbourne, nascido John Michael Osbourne em 3 de dezembro de 1948, em Aston, Birmingham (Reino Unido), foi uma das figuras mais icônicas da música mundial. A carreira dele, construída ao longo de quase seis décadas, foi marcada por uma porção de absurdos — incluindo o momento icônico em que o cantor teria "arrancado" a cabeça de um morcego com os dentes no meio de um show.

Os primeiros anos de Ozzy foram longe de ser fáceis. Nascido em uma família operária, ele teve uma infância difícil, marcada pela pobreza, dificuldades escolares e até abuso. Com dislexia, sofreu bullying e se viu com poucas opções na juventude. Aos 15 anos, abandonou a escola e trabalhou em vários empregos, tendo sido preso por pequenos furtos.

Inspirado pelos Beatles, decidiu se tornar músico durante a juventude. Aos 20 anos, formou a banda Polka Tulk Blues, em 1969, que mais tarde se tornaria o icônico Black Sabbath.

Junto de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, Ozzy ajudou a criar o gênero heavy metal, com letras sombrias e riffs pesados, algo inédito na indústria. Álbuns como "Black Sabbath" (1970), "Paranoid" (1970), "Master of Reality" (1971) e "Sabbath Bloody Sabbath" (1973) foram alguns dos mais marcantes nos primeiros anos da banda, e revolucionaram o rock dos anos 1970.

Em 1979, devido ao abuso de substâncias, Osbourne foi demitido do grupo. Foi só o começo de uma extensa carreira solo.

O auge da música

Após deixar o Black Sabbath, Ozzy Osbourne embarcou em na carreira solo, momento em que consolidou a fama como um dos maiores nomes do rock. O álbum de estreia, "Blizzard of Ozz" (1980), foi um sucesso estrondoso e vendeu sozinho cerca de 7,4 milhões de cópias. É dele faixas icônicas como "Crazy Train" e "Mr. Crowley". Outros discos também marcaram o gênero, como "Diary of a Madman" (1981), "Bark at the Moon" (1983) e "No More Tears" (1991), que solidificaram o lugar do cantor no panteão do heavy metal.

Para além dos discos, a carreira solo foi um momento em que Ozzy se tornou conhecido também pelas extremas e estranhas performances ao vivo. Um dos episódios mais célebres da carreira dele ocorreu quando mordeu a cabeça de um morcego durante um show, algo que o tornaria uma figura polêmica tanto dentro quanto fora dos palcos.

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No total, Osbourne lançou 13 álbuns de estúdio solo, com sete deles recebendo certificação multiplatina nos EUA. Ao longo da carreira, ele vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o mundo e tornou-se uma das maiores lendas do rock de todos os tempos.

De volta ao Black Sabbath até os últimos dias

Nos anos 2000, Ozzy Osbourne se reuniu com os membros do Black Sabbath várias vezes, com destaque para a turnê e o álbum 13 (2013), que marcou o último registro da formação clássica da banda. O show de despedida daquele álbum ocorreu em 2017, mas Ozzy continuou a carreira solo, mesmo enfrentando sérios problemas de saúde.

Casado duas vezes — primeiro com Thelma Riley e depois com sua empresária Sharon Osbourne — Ozzy teve seis filhos e se tornou uma figura pública também pela vida pessoal. Nos anos 2000, a família Osbourne ganhou ainda mais notoriedade com o reality show "The Osbournes", transmitido pela MTV, que trouxe uma visão mais íntima e irreverente da vida do cantor.

Ozzy recebeu inúmeros prêmios ao longo da carreira, incluindo o Rock and Roll Hall of Fame (2006, com o Black Sabbath) e o UK Music Hall of Fame. Em 2024, também foi reconhecido pela carreira solo. Outros prêmios incluem o Global Icon Award da MTV e o Ivor Novello Award.

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