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Taylor Swift pode reverter quedas de receitas na gravadora com novo álbum, 'The Life of a Showgirl'

Com o anúncio de The Life of a Showgirl, Taylor Swift pode reverter a queda nas receitas da Republic Records e impulsionar os lucros da Universal Music

Taylor Swift: cantora anunciou novo álbum nesta terça-feira (Brooke Sutton / Colaborador/Getty Images)

Taylor Swift: cantora anunciou novo álbum nesta terça-feira (Brooke Sutton / Colaborador/Getty Images)

Publicado em 12 de agosto de 2025 às 06h33.

A cantora Taylor Swift anunciou na madrugada desta terça-feira, 12, seu 12º álbum de estúdio. Intitulado "The Life of a Showgirl", o disco ainda não tem data de lançamento. A capa também é um mistério e será divulgada somente na quinta-feira, 14, em um episódio do podcast do namorado de Swift, Travis Kelce. A notícia, além de ser boa para os fãs, pode maximizar os resultados da Universal Music Group (UMG).

Isso porque a Republic Records, gravadora de Swift e uma das empresas embaixo do guarda-chuva da Universal, tem enfrentado desafios financeiros sem lançamentos da cantora. No segundo trimestre, a gravadora teve uma redução de 12,4% nas vendas físicas e 12,7% na receita de merchandising — abaixo das expectativas do mercado.

O departamento das 'receitas torturadas'

Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a gravadora se beneficiou de lançamentos como o The Tortured Poets Department de Swift, a ausência de novos lançamentos da artista no primeiro semestre do ano resultou em números mais fracos.

O álbum anterior de Swift, disponível em CDs, vinis e fitas cassetes, foi fundamental para o crescimento de 14,4% nas vendas físicas da Universal Music Group no segundo trimestre de 2024.

A receita de merchandising no mesmo período do ano passado cresceu 43,7%, com um aumento impulsionado pela forte demanda dos itens da turnê de Swift, a TheEras Tour. A receita total de merchandising da UMG no segundo trimestre de 2024 chegou a € 227 milhões, em um crescimento de 44,6% em relação a 2023.

Sem grandes lançamentos no radar durante o começo do ano, a Republic viu sua participação de mercado diminuir para 9,88%, uma queda em relação ao primeiro trimestre, quando o índice foi de 12,52%.

Boas novas para a Universal

Apesar das dificuldades enfrentadas pela Republic Records, a UMG como um todo teve bons resultados no segundo trimestre. A receita do período aumentou 1,6% ano a ano, com um crescimento de 4,5% em moeda constante. O crescimento se deu principalmente nos segmentos de música gravada e publishing, com destaque para a expansão da receita de streaming e assinaturas, que cresceu cerca de 9% no trimestre.  O Ebitda ajustado da empresa cresceu 7,3%, com a margem aumentando para 22,7%.

Apesar das dificuldades, analistas permanecem cautelosamente otimistas sobre a recuperação da Universal Music nos próximos meses, especialmente com o lançamento do novo álbum de Swift. De 18 analistas, 10 recomendam compra das ações da UMG, com preço-alvo médio de € 29,42, representando um potencial de alta de 6%.

O Goldman Sachs mantém o rating de "compra" para os papéis, motivado pelo crescimento do streaming e as vantagens competitivas da UMG, como sua escala e sucesso com artistas. O JPMorgan, mais otimista, elevou o preço-alvo para € 42, citando a subavaliação da UMG e a forte correlação com o crescimento do Spotify. Já o Morgan Stanley mantém o rating "acima da média" e vê potencial de monetização do streaming com iniciativas como o "Streaming 2.0".

Por outro lado, Barclays e Citigroup adotam uma postura mais cautelosa, com rating "manter" para as ações.

Para os analistas, existem preocupações sobre o impacto das pressões cambiais que afetaram as receitas internacionais, especialmente com a volatilidade do câmbio entre o dólar e o euro. Ambos os bancos destacaram os maiores custos de conteúdo, que pressionam as margens da Universal Music, uma vez que as gravadoras estão fazendo investimentos significativos em novos artistas, produções e inovações tecnológicas.

O Barclays rebaixou suas previsões de lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) para 2025-2027 em 3-4% devido a essas pressões. O banco também demonstrou preocupação com os custos crescentes de conteúdo, que têm se mostrado mais altos do que o esperado, especialmente no que diz respeito à produção de música e ao pagamento de royalties a artistas.

O Citigroup,. por sua vez, compartilhou uma perspectiva neutra sobre o desempenho de curto prazo, refletindo uma visão conservadora sobre o crescimento nos próximos trimestres, enquanto aguardam o impacto de lançamentos futuros e a recuperação de receitas de merchandising. .

A boa notícia, agora, é que o anúncio do novo álbum de Swift pode representar um impulso necessário para a Republic. Com a grande expectativa em torno do lançamento de The Life of a Showgirl, o álbum tem tudo para ser um dos maiores sucessos de 2025 e ajudar a gravadora a recuperar o fôlego nas receitas físicas e de merchandising, além de manter sua posição no topo das paradas de streaming.

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