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'Tremembé': o que aconteceu com irmão de Suzane Von Richthofen?

Com doutorado em Química pela USP, Andreas von Richthofen escolhe levar vida pacata no interior de São Paulo

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de novembro de 2025 às 19h36.

Com o sucesso da série "Tremembé", da Prime Video, o público brasileiro tem revisitado os casos criminais reais que levaram às prisões retratadas na obra.

O caso Von Richthofen está entre os mais famosos, tanto na versão ficcionalizada, quanto na vida real. Além de Suzane, filha mais velha e condenada pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, há curiosidade dos espectadores quanto ao irmão mais novo, Andreas.

Na época do crime, ele tinha 15 anos e era estudante do Colégio Vértice, na Zona Sul de São Paulo. Logo após seu depoimento, Andreas foi afastado da irmã e passou a viver com o único tio materno.

Carreira acadêmica

Apenas dois anos após o caso, Andreas foi aprovado em Farmácia e Bioquímica na Universidade de São Paulo (USP). Ele cursou a graduação entre 2005 e 2009, época em que iniciou sua pesquisa em química orgânica.

Em 2010, ele iniciou o doutorado no Instituto de Química da USP, também na área de química orgânica. Durante a pós-graduação, ele publicou diversos artigos, porém, a tese de doutorado foi seu último trabalho publicado, em 2014.

Desde então, Andreas perdeu contato com seus orientadores e colegas, que o caracterizaram

Disputa pela herança

Em 2015, a Justiça de São Paulo determinou a exclusão de Suzane von Richthofen da herança dos pais por indignidade. Por uma lacuna na legislação, nem sempre os herdeiros envolvidos em crimes contra aqueles que deixam os bens são deserdados. Então, houve uma disputa judicial para que a herança fosse apenas para Andreas.

A Justiça determinou que o patrimônio da família, calculado em mais de R$ 3 milhões à época do crime, fosse entregue somente ao irmão de Suzane.

Apesar do alto valor da herança, Andreas passa por dificuldades financeiras e de saúde.

Reclusão, passagem pela polícia e dívidas

Concluído seu doutorado no IQ USP, Andreas não voltou à produção acadêmica. Sua última publicação foi a própria tese de doutorado.

Em 2017, Andreas foi detido por policiais militares após invadir uma residência na Zona Sul de São Paulo, durante um surto psicótico.

Os policiais identificaram um jovem “em atitude suspeita” quando ele tentava pular o portão de uma residência na região de Santo Amaro, zona sul da capital.

Com sinais de uso de drogas, roupas e cabelos em mau estado, ele foi encaminhado para atendimento médico e identificado. Com 29 anos, na época, o episódio, que revelou o período difícil que atravessava, terminou com sua internação em uma ala psiquiátrica.

Hoje, com 38 anos, ele vive em um sítio herdado dos pais, em São Roque, no interior de São Paulo.

De acordo com o jornalista Ullisses Campbell, autor do livro Tremembé, o local onde Andreas vive não tem acesso à internet nem sinal de celular. Com sete processos judiciais abertos no estado de São Paulo, sendo todos eles ligados a dívidas ou pagamento de impostos, a inacessibilidade dele dificulta o contato com as autoridades. Caso os débitos não sejam quitados, parte dos imóveis poderá ir a leilão.

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