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MM 2025: Grupo Mateus supera pares nacionais sem sair do Nordeste

Em uma região às vezes vista como difícil para negócios, o Grupo Mateus está em franca expansão — e já desbancou “players” nacionais em faturamento

Grupo Mateus: há quatro anos seguidos, terceira colocada do ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) (Grupo Mateus/Divulgação)

Grupo Mateus: há quatro anos seguidos, terceira colocada do ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) (Grupo Mateus/Divulgação)

Mitchel Diniz
Mitchel Diniz

Editor de Invest

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 22h00.

O Grupo Mateus terminou o segundo trimestre de 2025 com 271 lojas em operação. Nenhuma delas fica em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Mas isso não impediu a varejista, que surgiu a partir de uma pequena mercearia no interior do Maranhão, de se tornar um dos nomes mais relevantes em seu setor. Há quatro anos seguidos, é a terceira colocada do ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), ficando atrás somente do Carrefour, o primeiro lugar, e do Assaí, em faturamento.

No Ranking EXAME MELHORES E MAIORES, o Grupo Mateus ocupa o topo do setor de atacado e varejo. E um dos motivos é o crescimento da ordem de 20% em suas receitas, entre 2023 e 2024, o dobro da média do segmento. No ano passado, a companhia focou a rentabilidade. Sentiu a queda nos volumes, mas conseguiu praticar preços mais altos nesses momentos, protegendo seus resultados de intempéries macroeconômicas.

“Agora vivemos um momento um pouco mais deflacionário, mas que continua sendo extremamente desafiador para que consigamos manter a consistência dos nossos resultados”, afirma Jesuino Martins, CEO do Grupo Mateus. “Considerando o cenário macroeconômico, possivelmente isso deve perdurar e exigir do mercado varejista muita resiliência e cautela.”

Os desafios, contudo, não impediram que a empresa continuasse em expansão, com a abertura de 11 lojas e a compra do Novo Atacarejo, outra rede nordestina, reforçando sua capilaridade na região.

“Nós traçamos um planejamento que tem o olhar atento às lojas e às regiões que dão as melhores taxas de retorno. A necessidade estratégica de fortalecer a relevância da companhia tem nos impulsionado a continuar avançando, sempre atentos também a novas oportunidades de negócio”, diz Martins.

A tendência de crescer acima do varejo está se mantendo em 2025, assim como a de priorizar a rentabilidade, sem abrir mão de inaugurar novas lojas. “Em um cenário de juros altos, precisamos ser mais cuidadosos nos investimentos, mas seguimos firmes na nossa expansão”, conclui o CEO.


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