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MM 2025: E-commerce? Não, loja física: Vivara cresce em lucro e receita com 457 pontos de venda

Com lucro líquido de 653.394 reais, aumento de 71,4% em relação a 2023, a empresa se destacou entre as demais com uma estratégia sólida de expansão em 2024

Vivara: maior rede de joalherias da América Latina, cresceu quase 18% em receita em relação a 2023 (Shopping Mueller/Divulgação)

Vivara: maior rede de joalherias da América Latina, cresceu quase 18% em receita em relação a 2023 (Shopping Mueller/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de Casual

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 22h00.

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O ano de 2024 foi desafiador para a indústria de relógios e joalheria. A incerteza nas demandas de mercados como Estados Unidos e Europa e a desaceleração da China colocaram um freio no campo de atuação suíço, que detém 32% do comércio. Mas no Brasil, apesar dos desafios, uma empresa do setor se destacou entre as demais. A Vivara, maior rede de joalherias da América Latina, cresceu quase 18% em receita em relação a 2023.

Com lucro líquido de R$ 653,4 mil, aumento de 71,4% em relação a 2023, a empresa se destacou entre as demais com uma estratégia sólida de expansão de lojas físicas. Após a abertura de 72 novos pontos de venda, a companhia terminou o ano passado com 457 espaços para varejo físico, sendo 266 lojas próprias, 180 da Vivara Life e 11 quiosques. Os conquistados 39,3 mil m², somados, converteram em um crescimento de 15,6% nas vendas de 2024 — mais do que o e-commerce, que aumentou 7,1% e correspondeu a 14,4% das vendas anuais da Vivara.

“Tivemos um trabalho bastante eficiente do ponto de vista de melhoria das nossas operações”, diz Icaro Borrello, CEO da Vivara. “Ficamos mais enxutos, mais ágeis, com mais eficiência operacional. Instalamos novos centros de distribuição e melhoramos a performance das equipes de venda.”

Ritmo acelerado no varejo físico

Para os próximos anos, a Vivara enxerga o potencial para abrir 300 lojas — algumas delas fora do Brasil. Em 2024, a companhia inaugurou a primeira unidade no Panamá, por exemplo, e tem a expectativa de abrir mais lojas por lá. Em conjunto com a expansão internacional, a estratégia é continuar a comercialização de produtos já consolidados da marca, como joias (50% das vendas do ano) e relógios (12%).

“Poucas empresas, principalmente do setor de varejo, crescem como a gente. Temos uma expansão orgânica muito boa e um mar de oportunidades pela frente”, diz Borrello. “O desafio é manter o ritmo de crescimento robusto. Mas fizemos um plano de expansão contínua e somos resilientes, o que nos dá a segurança de acelerar cada vez mais.”


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