Repórter
Publicado em 12 de novembro de 2025 às 13h01.
O Android, sistema operacional do Google, foi responsável por R$ 56,2 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024, segundo o Relatório de Impacto Econômico realizado pela Access Partnership.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB foi de R$ 11,7 trilhões no mesmo período.
O levantamento, divulgado nesta quarta-feira, 12, indica ainda que 354 mil postos de trabalho foram criados ou mantidos pela presença do ecossistema Android no país — uma alta de 7% em relação a 2023.
O relatório revelou que 83% dos profissionais da área já utilizam IA ou aprendizado de máquina em seus aplicativos, e 86% relatam ganhos de eficiência e qualidade com essas ferramentas.
“A nossa missão agora passa a ser democratizar o acesso à inteligência artificial, permitindo que todos os avanços dessa tecnologia possa chegar ao maior número de pessoas no Brasil”, disse Flávio Ferreira, diretor de Parcerias de Android no Google para a América Latina, durante evento "Só no Android", nesta quarta-feira.
O relatório mostrou que 48% dos usuários dos aplicativos brasileiros — ou seja, produzidos no país e por desenvolvedores locais — estão fora do país.
"Os principais países que acessam aplicativos brasileiros são os Estados Unidos, Argentina, Portugal", afirmou.
O relatório apontou que 85% dos usuários brasileiros consideram os recursos antirroubo — como bloqueio remoto e rastreamento geográfico da Android — são determinantes na escolha do sistema operacional.
Já 52% destacaram o bloqueio de tela e a criptografia entre as funções mais valorizadas.
Na coletiva, Fabrício Ferracioli, gerente de Parcerias Técnicas do Android, afirmou que o Android 16 vai ampliar a detecção de golpes e aplicativos nocivos.
O Google Play Protect ganhou sistemas de identificação aprimorada de apps suspeitos e de fraudes em mensagens SMS.
Durante o evento, o capitão Bruno Pettinato, chefe de Seção de Operações e Imagens da Diretoria de Tecnologia e Dispositivos Móveis da Polícia Militar do Estado de São Paulo, destacou o uso do sistema em ações de segurança e a parceria da empresa com a corporação no meio deste ano.
Ele explicou que, por meio dos terminais portáteis de dados (TPD), a PM consegue realizar registros de ocorrências, consultas criminais e autuações de trânsito, além de permitir que os agentes realizem bloqueios de celulares de vítimas de roubos e furtos se 'resetam' aparelhos remotamente.
"A partir de agora, o policial militar, quando se depara uma vítima produto de roubo ou furto do celular, ele consegue remotamente fazer o bloqueio de tela. Isso trouxe para nós, PM, uma melhor prestação de serviço para aquele cidadão vítima de roubo", explicou.
Segundo Pettinato, o recurso já foi usado mais de 5 mil vezes pela corporação.