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'Anti-woke': big techs dos EUA deixam de divulgar dados de diversidade

Gigantes do setor de tecnologia encerram publicação de relatórios anuais sobre gênero e raça em meio a pressão da Casa Branca contra programas de inclusão

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 7 de novembro de 2025 às 14h46.

Última atualização em 7 de novembro de 2025 às 14h51.

Três das maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos - Google, Microsoft e Meta - decidiram interromper a publicação de relatórios anuais sobre diversidade, equidade e inclusão (DEI), encerrando uma prática que durava uma década e que começou com pressões de movimentos por direitos civis.

Google, que desde 2014 divulgava estatísticas sobre a composição racial e de gênero de sua força de trabalho, informou a funcionários que não pretende liberar novos dados em 2025. O que foi acompanhado da confirmação das duas gigantes.

A suspensão marca uma perda significativa de transparência no setor e contrasta com decisões de pares como Apple, Amazon e Nvidia, que mantiveram a prática em 2025. Apple e Amazon seguiram divulgando dados ao governo americano por meio dos relatórios EEO-1, sigla para Equal Employment Opportunity, exigidos de empresas com mais de 100 funcionários.

A decisão ocorre meses após o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, em janeiro de 2025. O republicano emitiu uma ordem executiva determinando que agências federais combatam “preferências ilegais do setor privado” ligadas a DEI, o que inclui a possibilidade de ações judiciais contra empresas que considerem identidade como critério nas contratações.

Relatórios de diversidade se tornaram ferramenta importante para ações judiciais e campanhas públicas. Em 2024, a Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego (EEOC, na sigla em inglês) divulgou um estudo com dados de mais de uma década apontando que “a discriminação provavelmente contribui para a baixa presença de mulheres, negros, hispânicos e pessoas mais velhas no setor de tecnologia”.

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