São Paulo - Diablo é para os games o que O Poderoso Chefão foi para o cinema. Considerado um ícone do setor, o jogo foi lançado originalmente em 1996 e até hoje segue como um dos títulos mais reverenciados pela crítica.

Desenvolvido pela Blizzard, empresa americana conhecida pelo alto padrão de qualidade de seus produtos, a franquia chega à terceira edição nesta terça-feira revivendo a clássica luta entre o bem e o mal, que desde a década de 1990 vem motivando milhares de jogadores em todo o mundo a enfrentar horas de disputas até chegar ao grande inimigo (o big boss dos games): o temido lorde do terror.

O último jogo da série, Diablo II, chegou às lojas em 2000. A Blizzard precisou de doze anos para desenvolver um game à altura. Nesta última versão, o jogador pode assumir o papel de cinco personagens: o Bárbaro, o Monge, o Caçador de Demônios, o Bruxo e o Mago.

"Jogo 'Diablo' desde 1997. Na primeira vez que joguei não entendia inglês muito bem e fiquei encurralado na cidade de Tristram. Até hoje me lembro do dia que encontrei a Catedral e embarquei na luta contra as hordas infernais."
Fernando 'DemolishMan' Bello, web designer

"Comecei a jogar 'Diablo' há 15 anos. Fui apresentada ao game pelo meu irmão, o DemolishMan. Gostamos tanto da série que decidimos montar um site. Estou de licença maternidade, mas vou tentar jogar o Diablo III." 

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A história de Diablo III se desenrola vinte anos depois dos eventos da expansão Lord of Destruction, lançada em 2001, e seu estopim é a chegada de um misterioso meteoro que cai na Catedral de Tristram. O incidente reforça as profecias de que entidades demoníacas voltariam para brigar pelo domínio do mundo.

Diablo III permite que até quatro usuários joguem simultaneamente. No modo single player, contudo, é preciso que o jogador esteja conectado à internet.

A espera por um novo título pode parecer longa para os fãs da série, mas para os produtores o tempo corre de maneira diferente. Segundo Alex Mayberry, produtor do título, a equipe de Diablo começou a trabalhar no game há quatro anos. Cerca de cem pessoas participaram do desenvolvimento do produto - o mais importante da Blizzard em 2012.

Para Mayberry, o processo de desenvolvimento de Diablo III foi complexo. "Nos bastidores, a produção foi muito complicada", disse o executivo ao site de VEJA durante sua passagem pelo Brasil. "Foi necessário criar um quebra-cabeças onde todas as peças se encaixavam perfeitamente", explica. Para não decepcionar os fãs, a Blizzard foi muito cautelosa com a trama enraizada do jogo. "As pessoas têm boas memórias de Diablo I e II e respeitamos isso. Os gráficos e a jogabilidade foram modernizados, mas tivemos o cuidado em manter aspectos originais do universo de Diablo", diz.

Mas se engana quem pensa que o jogo é somente para experts. De acordo com Mayberry, a Blizzard desenvolveu um título capaz de agradar a gregos e troianos. E o produtor fez questão de testar o grau de atratividade para iniciantes em sua própria casa. "Levei o beta para minha mulher. Ela interagiu por mais de uma hora e, após o trabalho, voltou a jogar o game."

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Entre as novidades, afirma o produtor, estão o mundo mais rico e cenários dinâmicos. Mayberry descarta, no entanto, uma versão para consoles. Ele afirma que uma equipe da Blizzard testa o jogo em videogames e adianta que a experiência é muito positiva, mas não pretende firmar qualquer compromisso com uma adaptação.

Para os brasileiros, a grande diferença neste lançamento é a localização para o português. A dublagem aconteceu no Brasil e, segundo o executivo da Blizzard, a empresa fez questão de prezar pela qualidade do material final. "O jogador tem de ter a percepção de que o jogo foi desenvolvido para português e não a sensação de que os diálogos apenas foram traduzidos para a sua língua", conta.

A versão digital de Diablo III já pode ser comprada no Brasil por 100 reais. O game chega ao mercado nas versões para PC e Mac.

Assista ao vídeo a seguir da apresentação de Diablo III em português: