Tecnologia

Apple contrata executivo da Adobe que torturou iPhone

Um dos maiores críticos da política da Apple de impedir o uso do Flash no iPhone, Kevin Lynch chegou a produzir um vídeo no qual submete o smartphone a sessões de tortura


	Em maio de 2010, Adobe divulgou uma carta aberta contestando as afirmações de Steve Jobs sobre o Flash. 
 (Justin Sullivan / Getty Images)

Em maio de 2010, Adobe divulgou uma carta aberta contestando as afirmações de Steve Jobs sobre o Flash.  (Justin Sullivan / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 18h57.

São Paulo – A Apple surpreendeu, especialmente os seus fãs mais leais, ao anunciar nesta quarta-feira a contratação de ninguém mais, ninguém menos que Kevin Lynch, ex-CTO da Adobe, para ser o seu novo vice-presidente de Tecnologia. Para quem não se lembra, Apple e Adobe já se enfrentaram publicamente. O motivo da rusga entre as empresas é o software Flash, cujo funcionamento no iPhone não é permitido pela maçã.

A surpresa vem justamente do fato de que, no que diz respeito à Adobe, era Lynch quem criticava, ferozmente, a atitude da Apple. Criticar talvez seja uma palavra até leve para classificar a agressividade com a qual o mais novo executivo da empresa de Steve Jobs se endereçava às estratégias da maçã. Além de se manifestar em diversas ocasiões sobre o assunto, Lynch chegou a produzir um vídeo no qual tenta descobrir como é possível que o Flash não funcione no iPhone.

Em uma paródia do programa Caçadores de Mitos, Lynch e um colega expõem o então recém-lançado iPhone 3GS a uma série de experimentos sádicos. O pobre smartphone é triturado em um liquidificador e é também eletrocutado. Como se não bastasse, até mesmo um rolo compressor foi usado pela equipe de Lynch na tentativa de incorporar o Flash ao aparelho.

Mas, apesar da polêmica, a Apple sempre deixou claro os motivos pelos quais não adotou o software carro-chefe da Adobe. Em uma carta publicada no site da Apple nos idos de 2010, Jobs lembrou que, para que funcione corretamente, o Flash exige demais da bateria dos dispositivos móveis, o que o tornaria incompatível com o iPhone.

Talvez a Adobe devesse se concentrar mais em criar ótimas ferramentas em HTML5 para o futuro, e menos em criticar a Apple por ter deixado o passado para trás, finalizou o então CEO. Ao que tudo indica, contudo, as mágoas foram superadas por ambas as partes. Segundo informações da Reuters, Lynch deixará a Adobe no próximo dia 22 e irá ser chefiado pelo vice-presidente sênior de Tecnologia da Apple, Bob Mansfield.

Confira no vídeo abaixo a sessão de tortura a qual um indefeso iPhone 3GS foi submetido através das mãos de Lynch:

https://youtube.com/watch?v=ZNtTfFDena4

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