Estagiária de jornalismo
Publicado em 30 de outubro de 2025 às 15h22.
Última atualização em 30 de outubro de 2025 às 17h01.
O Canva oficializou a compra do Affinity e, agora, está relançando o pacote criativo com um aplicativo tudo-em-um para edição de fotos, ilustração, design e layouts de página. A plataforma rivaliza com a Adobe, mas, ao invés dos preços conhecidamente altos do pacote tradicional de design e edição, o Affinity é totalmente gratuito e não exige assinatura.
Originalmente os estúdios Designer, Photo e Publisher faziam parte do Affinity, que requeria uma compra única de US$ 70. Em contraponto à tendência de "assinaturaficação" dos softwares, da qual o pacote Adobe faz parte, a proposta de pagamento único já era atrativa.
Agora, após reformular o produto, o Canva oferece uma alternativa gratuita, com maior apelo. A estratégia é bater de frente com a Adobe e conquistar os usuários que demonstram insatisfação com preços altos e modelos de assinatura.
O estúdio está atualmente disponível para os sistemas Windows e Mac. A marca afirma que ficará disponível em breve para iPad também.
Um diferencial é a flexibilidade de arquivos. É possível importar PSDs, AIs, IDMLs, DWGs e outros tipos de arquivos para o Affinity. O Canva afirma que a plataforma agora usa "um tipo de arquivo universal" e inclui integrações que permitem aos usuários exportar rapidamente designs para sua conta Canva.
Assinantes do Canva Premium também poderão usar ferramentas de edição do Canva alimentadas por IA, como geração de imagens, limpeza de fotos e cópia instantânea diretamente dentro do aplicativo Affinity.
As versões mais antigas dos aplicativos independentes do Affinity ainda funcionarão para qualquer pessoa que os tenha comprado anteriormente, e esses usuários não serão movidos forçadamente para a nova plataforma.
A Adobe vendia seus programas em CDs de compra única até o início da década de 2010. Usado como software padrão por designers, jornalistas, artistas digitais e fotógrafos, saber operar o pacote Adobe se tornou até pré-requisito para diversas oportunidades de trabalho.
Em maio de 2013, a empresa anunciou que não faria mais vendas da Creative Suite, seu pacote de softwares. A partir desse momento, quem quisesse ou precisasse usar os programas teria que pagar uma assinatura do Adobe Creative Cloud.
Essa mudança fez o pacote Adobe deixar de ser um produto e se tornar um serviço, ação extremamente criticada por usuários.
O plano mais básico do Creative Cloud custa atualmente R$ 214,00/mês ou R$ 2.400,00/ano. Diversos estudantes e profissionais buscam alternativas "crackeadas" gratuitas para os programas.