Tecnologia

CEOs discutem importância de marketing e entretenimento nos games

Executivos de Black Dragon, Wildlife e Bemobi abordaram os diferentes aspectos do gigantesco mercado de games em painel da CEO Conference

Campeonato de Freefire: importância dos jogos mobile só cresce no mercado de games (Bruno Álvares e Jéssica Liar - Garena/Divulgação)

Campeonato de Freefire: importância dos jogos mobile só cresce no mercado de games (Bruno Álvares e Jéssica Liar - Garena/Divulgação)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 26 de maio de 2021 às 18h19.

O mercado de games triunfou em 2020. Com mais tempo em casa, o consumo de jogos aumentou e o mercado foi avaliado em 179 bilhões de dólares no ano passado, alta de 20%, de acordo com dados da consultoria IDC. É esperado que o número de gamers ultrapasse os 3 bilhões nos próximos anos.

Dada a magnitude desse mercado, ele foi alvo de discussão em um painel na 22ª edição do CEO Conference, nesta quarta-feira, 26, evento promovido pelo banco BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME). Participaram do evento Arthur Lazarte, CEO e fundador da desenvolvedora de games mobile Wildlife, Nicolle Merhy, CEO da Black Dragons e um dos expoentes do esporte eletrônico no Brasil, e Pedro Ripper, CEO da Bemobi, empresa especializada em distribuição de aplicativos móveis em mais de 40 países. O painel foi mediado por Carlos Sequeira, sócio do BTG.

Os CEOs discutiram as minúcias do mercado de games no Brasil e no mundo, levando em conta desde o desenvolvimento de jogos, até a distribuição, rentabilização, modelo de negócios e diferentes públicos envolvidos. O crescimento dos games mobile, uma fatia de ouro do mercado e que é responsável por trazer cada vez mais público. 

Merhy citou como exemplo o Free Fire, sucesso absoluto de público. O jogo tem mais de 80 milhões de usuários ativos por dia e foi o mais baixado no país no ano passado, fomentando campeonatos, comunidades em torno dos games e até a venda de periféricos.

Já Lazarte, da Wildlife, falou sobre a necessidade de divulgação e marketing, que se torna cada vez mais crucial para os negócios das desenvolvedoras de jogos. Segundo ele, quando a empresa começou em 2011, o mercado era menos competitivo, mas o cenário mudou entre 2012 e 2013, exigindo mais investimentos e entendimento de divulgação. “Hoje, temos mais de 100 pessoas focadas apenas em distribuição. É preciso gastar muito para promover um jogo e é um investimento que precisa ser pensado. Uma das áreas mais importantes para nós é de marketing de performance”, afirmou.

Para ele, por esse motivo, o mercado tem visto uma certa consolidação, entre empresas que atuam no mercado de marketing sendo adquiridas ou fechando parcerias com desenvolvedores.

Ripper e Merhy discutiram também a simbiose entre entretenimento que existe atualmente no mundo dos games, em que artistas são convidados para lançamentos de temporadas e a gestão de comunidade é essencial para jogadores de esportes eletrônicos, por exemplo. “As fronteiras estão ficando mais tênues, onde começa um e termina o outro”, disse Ripper, que lembrou do papel do Discord como ferramenta de comunicação dos usuários e da comunidade. “Hoje, não temos mais um modelo de negócios sem que se fisgue e consolide o público pelo entretenimento e pelas mídias sociais”, afirmou Merhy.

Acompanhe tudo sobre:BemobiGamesSmartphones

Mais de Tecnologia

Quer proteger seus dados no iPhone? Confira três dicas de segurança

China acusa EUA de realizar mais de 600 ataques cibernéticos com apoio de aliados

Meta oferece R$ 1,4 bilhão para recrutar jovem de 24 anos em guerra por superinteligência

Qual será a potência do PlayStation 6? Rumor indica a escolha feita pela Sony